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4 coquetéis (quentes) de inverno para fazer em casa

Nem só de gelo vivem os drinques: misturas inventadas em países onde o frio é rigoroso eram usadas até para curar resfriados

o hot toddy

O hot toddy: médico dublinense criou a mistura que leva uísque, limão, canela e água fervente | Foto: Getty Images

Apesar da imagem tropical com muito gelo e frutas como enfeite, os coquetéis nasceram em nações de clima bem mais frio que o mais agudo inverno brasileiro, muitos deles, como remédio.

É o caso do hot toddy, criado pelo médico irlandês Robert Bentley há cerca de 200 anos e receitado como antídoto contra males comuns em temperaturas negativas antes da calefação, como dor nos ossos, nariz entupido e voz rouca. Hoje se sabe que menos pelo conhaque, base do drinque original, e mais pelo limão, mel, canela e, sobretudo, a alta temperatura da água que finaliza a receita, o hot toddy (leia receita abaixo) devia mesmo dar algum alívio aos incômodos típicos do frio.

A verdade é que o álcool não aquece o corpo, pelo contrário, sua ação vasodilatadora faz com que o organismo perca um pouco de seu calor natural. Mas é também confirmado pela ciência que o consumo de bebida alcoólica distrai o cérebro da sensação de frio, como de muitas outras percepções da realidade, e, por isso, o álcool etílico atravessa os séculos como um alívio em noites invernais.

Coquetéis ganharam releituras no Novo Mundo

O hot toddy ganhou uma versão estadunidense: feita com bourbon (o uísque de milho) limão, a mesma canela (em pau), um pouco de melado e, sempre, água quente. É uma versão menos temperada do nosso quentão, a bebida das festas juninas que leva cachaça. Os naturopatas recomendam ainda hoje o quentão para tratar resfriados, mas sem a pinga.

Não há registro da autoria do Choconhaque. Mas por usar ingredientes típicos da cultura franco-suíça – chocolate, conhaque e leite -, ele é mais comum em restaurantes de gastronomia ligada a essas nacionalidades, como as casas de fondue. É fácil de fazer em casa: basta colocar todos os ingredientes (leia abaixo) em uma panelinha, levar ao fogo e servir antes de começar a ferver.

O Irish Coffee tem mais de uma dezena de versões oficiais. Em muitas delas, está mais para um café do que um drinque. A base, porém, é a mesma em todas: café (quente) e a mesma medida e meia de uísque de malte. Os mais recomendados são os irlandeses, como o Jameson, o mais usado pelos barmen para coquetéis do tipo.

Homenagem ao B-52s leva fogo na receita original

O B-52s foi criado em homenagem à banda homônima, que antes de obter fama e dinheiro, se alcoolizava com uma mistura barata num recipiente em chamas (não é difícil por fogo em drinques, mas recomenda-se não fazer em casa). A receita-homenagem é servida em copos individuais e pequenos (como os de shots) e leva a mesma medida de licor de café, Baileys e Grand Marnier (bebida francesa feita de conhaque, essência de laranja e açúcar).

O segredo do preparo é não ter pressa para que os ingredientes formem camadas: coloque o licor de café, depois, sobre o dorso de uma colher de sopa, escorra o Baileys bem devagar. Por último, faça o mesmo com o Grand Marnier.

Hot Toddy

  • 60 ml de uísque
  • 60 ml de água fervente
  • 10 ml de suco de limão-siciliano
  • 10 ml de mel

Choconhaque

  • 120 ml de leite bem quente
  • 50 ml de conhaque
  • 2 colheres de sopa de chocolate em pó
  • 1 colher de açúcar

Irish Coffee

  • 1 xícara de café bem forte e quente
  • 1,5 xícara de uísque irlandês
  • 4 colheres de sopa de creme de leite fresco batido
  • Açúcar a gosto

B-52s

  • 10 ml de licor de café
  • 10 ml de Baileys
  • 10 ml de Grand Marnier

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