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7 prioridades e desafios para as auditorias

Com vista nas incertezas do ano, consultoria elenca principais pontos que devem estar na agenda dos comitês de auditoria

Lupa e calculadora sobre papéis com dados de auditoria financeira

Maior rigor na avaliação de reportes ESG e monitoramento dos impactos da pandemia nos balanços estão entre os pontos principais | Foto: Getty Images

Os impactos da pandemia de covid-19 nos negócios se refletiram com força na contabilidade da maioria das empresas ao redor do mundo. E em 2021, o cenário de incertezas deve dar a tônica, o que representa um grande desafio especialmente para as empresas de consultoria.

Tomando a instabilidade como principal elemento macroeconômico mundial, a consultoria KPMG elenca 7 prioridades e desafios para os comitês de auditoria das companhias neste ano.

Entre eles se destacam pontos diretamente relacionados à pandemia, como a indicação dos impactos nas divulgações financeiras.

Recentemente, a CVM fez recomendações públicas às empresas brasileiras para que elas reportassem os efeitos da pandemia em demonstrações contábeis.

O estudo “Comitê de Auditoria: prioridades para a agenda de 2021” foi publicado pelo ACI Institute Brasil, braço da KPMG que promove boas práticas de governança.

Incertezas nos negócios

A introdução do documento sobre as prioridades para a auditoria pontua alguns fatores, além da covid-19, que “desenham um cenário intimidador e de alto risco para os negócios em 2021”.

Recessão econômica dos países, eventos climáticos extremos, inquietações e movimentos sociais e um cenário de crescente polarização política são mencionados.

Segundo a análise da KPMG, esses elementos pressionarão os comitês de auditoria, bem como os conselhos de administração de grandes empresas.

Por isso, definir bem as prioridades para este ano se torna essencial para que os auditores desempenhem bem o seu papel.

ESG na auditoria

A crescente demanda por informações em balanços e relatórios sobre questões de sustentabilidade ambiental, social e de governança (ESG) também foi colocada em relevância pelo estudo.

A consultoria lembra que a exigência tem partido principalmente “de investidores com grande influência nas assembleias de acionistas e nas eleições dos conselheiros”.

Sendo assim, a publicação sugere que os comitês de auditoria encorajem as gestões das companhias a vigiar constantemente a qualidade dos relatórios de sustentabilidade e demais reportes ESG.

7 prioridades e desafios para a auditoria

  1. Rever a agenda e a carga de trabalho do Comitê de Auditoria, considerando a criação de comitês secundários (finanças, riscos, sustentabilidade e etc)
  2. Monitorar as demonstrações financeiras e os impactos da covid-19 nas divulgações da empresa
  3. Reforçar a qualidade da auditoria independente e compreender os impactos da covid-19 na realização do seu trabalho
  4. Atuar em conjunto com a gestão para reavaliar e supervisionar o escopo e a qualidade dos relatórios e divulgações sobre ESG e sustentabilidade
  5. Entender como a tecnologia está impactando o talento, a eficiência e a geração de valor da área financeira, incluindo a contabilidade
  6. Ajudar a garantir que a auditoria interna permaneça focada nos riscos mais críticos, incluindo aqueles decorrentes da pandemia
  7. Reforçar o foco na ética, no compliance e no canal de denúncias da empresa, reconhecendo o aumento da pressão sobre os funcionários.

O detalhamento das prioridades e desafios para os comitês de auditoria está disponível para leitura no site da KPMG.

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