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Ações de setores de consumo foram as que mais perderam na semana

CVC e Natura tiveram o pior desempenho na semana, com o aumento da curva de juros e o risco fiscal no radar dos investidores

Monitores com gráficos do mercado financeiro

Numa semana em que o mercado se frustrou com a indefinição da PEC da Transição, o Ibovespa fechou em leve alta de 0,10%| Foto: Getty Images

Numa semana em que o mercado se frustrou com a indefinição da PEC da Transição, o Ibovespa fechou em leve alta de 0,10%, aos 108.976 pontos. Entre os ativos que mais perderam nesta semana, está a CVC e a Natura, 10,82% e 6,99%, respectivamente. A queda desses papéis, segundo Cauê Pinheiro, estrategista do Banco Safra, ocorreu por causa da abertura da curva de juros, que aumentou em 15 pontos, com as incertezas fiscais que rondam o país no momento.

“Os juros futuros, que é o quanto o mercado está precificando que será a taxa Selic no futuro, são influenciados por questões macroeconômicas e fiscais. E esse cenário mais negativo para o cenário fiscal levou a uma precificação de juros mais altos lá na frente”, ressaltou Pinheiro. “CVC e Natura sofrem com juros mais altos, pois, são empresas de consumo e de crescimento.”

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A 3R Petroleum também teve um desempenho negativo nesta semana. A petroleira recuou 7,28% e, de acordo com Pinheiro, acompanhou a queda do barril do petróleo no período.

O Brent, o tipo de óleo mais negociado, caiu 4,6% na semana, sendo negociado na sexta-feira a US$ 83,63 o barril.

Já entre os ativos que tiveram os maiores ganhos na semana, o destaque foi a Copel, a companhia de energia elétrica do Paraná. A empresa disparou 18,33% após o processo de privatização sair do papel.

Na segunda-feira, o governo paranaense informou a intenção de vender o controle da companhia. Segundo o fato relevante publicado, após concluída a operação o Estado permanecerá com participação relevante não inferior a 15% do capital social total da Copel e 10% da quantidade total de votos conferidos pelas ações com direito a voto de emissão da companhia.

“A operação objetiva a captação de recursos financeiros para suprir necessidades de investimento do Estado do Paraná, bem como a valorização de suas ações remanescentes detidas na Copel, valorização essa que deverá derivar do potencial de geração de valor aos acionistas, inclusive em virtude de eventual capitalização da companhia e aceleração de seu plano de negócios”, diz o documento.

O projeto já foi aprovado pela Assembleia Legislativa e espera a sanção do governador.

A disparada da Copel deu fôlego para outras estatais estatuais, como Cemig e Sabesp que subiram 7,64% e 8,84%, respectivamente. As duas empresas também passam por estudos para serem privatizadas.

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