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União Europeia adia acordo de imposto sobre serviços digitais

Sob pressão dos Estados Unidos, países europeus decidem esperar por um acordo global com o G-20. Próxima reunião é em outubro

Fachada de loja da Amazon Fresh, na Europa: emrpesa será uma das afetadas com imposto global sobre serviços digitais

Mercado Amazon Fresh, no Reino Unido: big tech dos EUA será uma das afetadas com imposto global sobre serviços digitais | Foto: Divulgação

A União Europeia (UE) vai adiar para outubro sua proposta de imposto sobre serviços digitais, informou um porta-voz do bloco nesta segunda-feira, 12.

A UE tem enfrentado intensa pressão dos Estados Unidos para adiar qualquer anúncio de taxação até que um acordo entre os países do G-20 possa avançar.

A secretária do Tesouro americana, Janet Yellen, estará em Bruxelas entre esta segunda e terça-feira, 13, para discutir o acordo tributário.

Além disso, Yellen fará lobby contra a proposta da UE, que foi criticada como conflitante com o acordo do G-20.

O grupo que reúne as 20 maiores economias do planeta é composto pelos integrantes do G-7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido), além de África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia, Turquia e União Europeia (países menores da Europa).

Entenda o imposto global sobre serviços digitais

No último fim de semana, Ministros das Finanças e de bancos centrais do G-20 se reuniram em Veneza, na Itália, para a 16ª reunião da cúpula.

Na ocasião, as nações aprovaram uma alíquota mínima de 15% sobre multinacionais, que já havia sido proposto e recebido aval do G-7 (grupo das sete maiores economias do planeta), com grande interesse dos EUA.

Além disso, o G-20 também deu sinal verde para a implementação do imposto global sobre serviços digitais – este com forte apoio da União Europeia – que está relacionado à taxação de multinacionais.

Ambas as propostas buscam eliminar os chamados ‘paraísos fiscais’ e garantir grandes corporações não escapem de taxações nos países onde geram lucros.

Nesse sentido, a taxação sobre multinacionais já foi negociada e recebeu a adesão de 131 países na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Já o imposto sobre serviços digitais afeta diretamente as big techs como Amazon, Apple, Google e Facebook.

Os EUA já se mostraram favoráveis à essa taxação fora de seu território, uma vez que essas organizações estão presentes em todos os continentes.

Os detalhes sobre as novas tributações internacionais devem ser divulgadas na próxima reunião do G-20, em 14 e 15 de outubro.

Enquanto isso, alguns países europeus têm cobrado um imposto temporário das big techs e fechado o cerco contra práticas consideradas abusivas por parte das mesmas. (Com AE)

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