Aena, nova dona de Congonhas, busca expansão internacional
Grupo espanhol que controla aeroportos de Madri e Barcelona considera o Brasil estratégico para o seu plano de expansão internacional
19/08/2022O Brasil é parte relevante dos planos de expansão internacional da Aena Desarollo, a empresa que arrematou o bloco de aeroportos SP-MS-PA-MG, que inclui Congonhas, por R$ 2,45 bilhões, um ágio de 231%.
“Queremos contribuir para o desenvolvimento aeroportuário do Brasil. O País é parte muito importante da nossa visão estratégica de expansão internacional”, disse a diretora internacional da companhia, Maria Rubio.
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A diretora destacou que a empresa, que opera 46 aeroportos só na Espanha, tem ampla experiência com operação de grandes redes de aeroportos de diferentes tipos, como turismo e negócios, assim como variados tamanhos.
O bloco SP-MS-PA-MG, arrematado pela Aena, é composto pelos aeroportos de Congonhas, em São Paulo; Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul; Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará; Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais.
Aena é controlada pela estatal espanhola Enaire
A empresa Aena, que passará a administrar o aeroporto de Congonhas, tem 51% das ações controladas pela estatal espanhola Enaire e 49% negociadas na Bolsa de Madri.
A companhia já administra os terminais de Maceió, Recife, João Pessoa, Aracaju, Juazeiro do Norte e Campina Grande, arrematados na quinta rodada de concessão, em 2019.
Na Espanha, a Aena é responsável por 48 aeroportos, incluindo o de Madri e o de Barcelona. A empresa ainda tem participação acionária no terminal Luton, na Inglaterra. A estatal acionista majoritária da Aena também trabalha no controle do tráfego aéreo da Espanha.
No primeiro semestre, passaram pelos aeroportos do grupo 117,3 milhões de passageiros, dos quais 32% no Brasil. De acordo com a empresa, os 6,8 milhões de viajantes que passaram no período pelos seus terminais no País já representam 98% do movimento de antes da pandemia. É a melhor recuperação da companhia.
No Brasil, a receita foi de R$ 473,6 milhões, e o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), de R$ 218,1 milhões – alta de 144% ante o mesmo período de 2021. (AE)