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Aeroporto de Congonhas é vendido a grupo espanhol com ágio de 231%

Com lance único, grupo Aena arrematou lote que inclui o aeroporto de Congonhas por R$ 2,45 bilhões

aeroporto de congonhas

Além do aeroporto de Congonhas, outros 14 em seis estados estão no leilão | Foto: Getty Images

O grupo da Aena, da Espanha, arrematou nesta quinta-feira, 18, o bloco de aeroportos SP-MS-PA-MG por R$ 2,45 bilhões, um ágio de 231% em relação à outorga mínima estabelecida no edital, de R$ 740,1 milhões. O grupo espanhol já opera seis aeroportos no País.

O bloco SP-MS-PA-MG é composto pelos aeroportos de Congonhas, em São Paulo; Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul; Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará; e Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais. Os aeroportos foram arrematados no leilão de privatização do governo federal na sede da B3, na capital paulista, na 7ª rodada de concessão de aeroportos, com a oferta de três blocos, totalizando 15 terminais.

Saiba mais

O lote principal do leilão tem 15 terminais, entre os quais, aquele que é considerado a “joia da coroa” da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero): o Aeroporto de Congonhas, localizado na zona sul da capital paulista, um dos mais movimentados do país.

Segundo informações da Infraero, Congonhas é o aeroporto com maior trânsito de executivos no país. Até setembro de 2019, o aeroporto movimentava 60.932 passageiros a cada dia, e a média diária de voos era de 592. A sétima rodada de concessão de aeroportos deve ter pouca competição e ágios conservadores com o cenário de inflação, alta dos juros e incertezas políticas, avaliam especialistas.

Bloco Aviação Geral

Com proposta única, a XP arrematou o bloco Aviação Geral, de aviação executiva, por R$ 141,4 milhões, sem ágio em relação à outorga mínima estabelecida no edital.

O bloco Aviação Geral é formado pelos aeroportos Campo de Marte, em São Paulo, e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

Bloco Norte II

O Consórcio Novo Norte, composto pela Socicam e pela Dix Empreendimentos, arrematou o bloco Norte II por R$ 125 milhões, um ágio de 119,7% em relação à outorga mínima estabelecida no edital, de R$ 56,9 milhões.

O bloco foi disputado também pela Vinci Airports, que opera o Aeroporto de Salvador e na 6ª rodada de concessão, promovida no ano passado, arrematou o bloco Norte com sete aeroportos.

O Bloco Norte II é integrado pelos aeroportos de Belém (PA) e Macapá (AP).

Os grupos vencedores do leilão deverão fazer investimentos de cerca de R$ 7,2 bilhões durante os 30 anos da concessão.

Além do aeroporto de Congonhas, outros 14 estão à venda

O programa de concessão aeroportuária do Brasil repassou à iniciativa privada 77,5% do tráfego nacional entre os anos de 2011 e 2021. Com a sétima rodada, a previsão é de que o percentual atinja 91,6% de passageiros atendidos em aeroportos concedidos no país.

Os 15 aeroportos da 7ª rodada de concessões da Anac encontram-se situados em seis estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso do Sul e Amapá. Eles foram divididos em três blocos. Quem arrematar Congonhas também terá de administrar dez aeroportos localizados em Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e no Pará. A concessão será pelo prazo de 30 anos.

Segundo a Anac, os 15 aeroportos respondem por 15,8% do total do tráfego de passageiros no Brasil, o que equivale a mais de 30 milhões de viajantes por ano.

Divisão dos blocos

O Bloco SP-MS-PA-MG, liderado pelo Aeroporto de Congonhas, inclui ainda os aeroportos de Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul; Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará; e Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais. A contribuição inicial mínima é de R$ 740,1 milhões.

O Bloco Aviação Geral é formado pelos aeroportos de Campo de Marte, em São Paulo, e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e tem lance mínimo inicial fixado em R$ 141,4 milhões.

O Bloco Norte II, integrado pelos aeroportos das capitais do Pará, Belém, e do Amapá, Macapá, tem como contribuição inicial mínima R$ 56,9 milhões.

Pelas regras que foram estabelecidas no edital, um proponente pode arrematar os três blocos. A etapa seguinte ao leilão será o recebimento dos documentos de habilitação dos proponentes vencedores de cada bloco, o que está marcado para o dia 25 deste mês.

A assinatura dos contratos de concessão deverá ocorrer após a homologação do resultado pela diretoria da Anac, em data que ainda será definida. (Agência Brasil)

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