Aliansce Sonae aumenta oferta à BRMalls por fusão em R$ 500 milhões
União formaria um gigante do setor de shoppings center, com 69 empreendimentos no Brasil. Primeira proposta foi rejeitada
14/03/2022A Aliansce Sonae (ALSO3) está disposta a seguir adiante em sua proposta de fusão com a BRMalls (BRML3), operação que criaria um gigante no setor de shoppings center, com 69 empreendimentos no Brasil.
Após ter a primeira oferta rejeitada no começo do ano, a companhia decidiu elevar o lance em aproximadamente 11%. Um fato relevante com os termos atualizados estava previsto para ser publicado nesta segunda-feira, 14.
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Há dois meses, a Aliansce (dona do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro) fez uma oferta classificada como “fusão de iguais” porque os acionistas de cada empresa teriam 50% do novo grupo.
Os acionistas da BRMalls (dona do Shopping Villa-Lobos, em São Paulo) também receberiam R$ 1,35 bilhão em dinheiro para cobrir a diferença de valor de mercado entre ambas.
Na nova oferta, a Aliansce vai subir o pagamento em dinheiro em R$ 500 milhões, chegando a R$ 1,85 bilhão. Também aceitará uma fatia menor no grupo resultante da fusão: 48,92% e 51,08% em vez de uma divisão meio a meio.
Se o negócio for confirmado, os atuais controladores da Aliansce (Renato Rique, CPPIB, Alexander Otto Group e Sonae Sierra) ficariam com uma fatia de 23,5% na nova empresa, ante 24,5% no lance anterior.
A oferta não trata do número de assentos que cada parte teria no novo conselho de administração.
Ganho por ação na fusão de Aliansce e BRMalls
Além de representar uma elevação de 11% em relação à proposta anterior, o novo lance também aponta para um ganho de 16% por ação da BRMalls na cotação anterior ao início das negociações, segundo fontes.
O fato relevante também deve informar que a Aliansce Sonae - que já detém mais de 5% de participação na BRMalls - vai convocar uma assembleia de acionistas para que a nova proposta seja votada.
A direção da Aliansce fez mais de 200 reuniões com acionistas da BRMalls, o que representa uma cobertura relevante da base de investidores da concorrente. O pedido para realização da assembleia indica confiança da Aliansce de que já teria votos suficientes para a fusão ser aprovada.
Quando rejeitou a primeira oferta, em janeiro, o conselho da BRMalls avaliou que o lance era uma tentativa de aquisição sem pagamento de prêmio (compensação), visto que os atuais controladores da Aliansce ficariam com uma participação relevante no grupo combinado, o que, na prática, lhes daria o comando.
Procuradas, as empresas não comentaram. (AE)