Alta dos juros afeta crédito e estimula a renda fixa
Bancos ficam mais conservadores após aceleração do ciclo de aperto dos juros, que deve deteriorar mercado de crédito e aumentar a taxa de inadimplência
16/12/2024
A projeção é a de que o ciclo de crédito se deteriore e que a inadimplência aumente, diante do aperto monetário em curso | Foto: Getty Images
As empresas de serviços financeiros adotaram uma postura mais cautelosa em relação às expectativas para o futuro, diante das atuais condições macroeconômicas e do ciclo de aperto dos juros. Esta foi uma das conclusões do J. Safra Brazil Financials Day, nos 12 e 13 de dezembro, que reuniu equipes de gestão e RI de oito empresas do setor: B3, Banco do Brasil, BB Seguridade, Caixa Seguridade, Itaú Unibanco, Porto, Stone e XP.
A projeção é a de que o ciclo de crédito se deteriore e que a inadimplência aumente, diante do aperto monetário em curso, o que deixa os bancos mais conservadores.
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Com menor margem para ajustar os spreads, a margem líquida com juros poderá ficar pressionada em 2025, segundo a análise do Banco Safra.
As empresas do mercado de capitais preveem uma preferência contínua por renda fixa em detrimento de ativos de maior risco e continuam à procura de novas vias de crescimento, ao mesmo tempo que procuram obter ganhos de eficiência.
Seguradoras estão bem posicionadas diante da alta dos juros
As seguradoras destacam-se como o setor mais bem posicionado para se beneficiar do aumento das taxas de juros, uma vez que os obstáculos operacionais relacionados com taxas mais elevadas são mais do que compensados por maiores receitas financeiras.

