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Alta do alumínio e variação cambial levam CBA a reverter prejuízo

Empresa lucrou R$ 426 milhões no 1º trimestre, ante perdas de R$ 133 milhões no ano pasado; a receita cresceu 31%

Folhas de alumínio

O preço médio da tonelada do alumínio chegou a US$ 3.280 no primeiro trimestre, alta de 56% comparado a 2021 | Foto: Getty Images

O bom momento do alumínio no mercado mundial, com os preços em níveis históricos, levou a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) a reverter o prejuízo no primeiro trimestre deste ano. A empresa lucrou R$ 426 milhões período, ante perdas de R$ 133 milhões de janeiro a março de 2021.

A receita líquida consolidada foi de R$ 2,3 bilhões, crescimento de 31% em relação ao primeiro trimestre de 2021, e o lucro antes juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado apresentou novo recorde trimestral, de R$ 552 milhões, alta de 53% em relação ao mesmo período de 2021.

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Ricardo Carvalho, presidente da CBA, ressaltou que os preços em alta no período e a variação cambial combinados sustentaram os bons resultados da companhia, apesar da queda do volume vendido no mercado interno.

“O primeiro trimestre foi de resultados muito positivos para a CBA, mesmo que o preço e o câmbio tenham impulsionado os nossos números”, disse Carvalho.

No primeiro trimestre, o preço do alumínio no mercado internacional seguiu forte, alimentando as expectativas positivas para toda a indústria, com a média do trimestre alcançando US$ 3.280 por tonelada, um crescimento de 56% comparado ao mesmo período de 2021.

Segundo o diretor financeiro, Luciano Alves, a alta favoreceu o avanço de 32% da receita líquida do negócio de alumínio, compensando a queda de 9% no volume vendido, que atingiu 109 mil toneladas no período, em função da demanda mais fraca no mercado doméstico.

Retração interna foi netralizada parcialmente pelas exportações da CBA

Os efeitos da queda das vendas provocada pela retração da atividade interna foram parcialmente neutralizados pelo redirecionamento de parte da produção da empresa para exportação. Em alumínio primário, as vendas de tarugo somaram 10 mil toneladas no primeiro trimestre, valor 10 vezes maior do que o mesmo período do ano passado (0,9 mil toneladas).

“Começamos o segundo trimestre em ritmo forte e vamos continuar se o mercado interno não se recuperar é verdade que estamos sentindo uma leve retomada neste trimestre, mas não esperamos que volte ao nível do ano passado”, disse Carvalho. ”Por isso, temos flexibilidade na operação para destinar a produção para o mercado mais demandante.”

Carvalho ressaltou que a companhia tem acelerado os investimentos em aumento de capacidade de produção. Segundo ele, a CBA iniciará o rump-up da Sala Fornos 3, na usina de Alumínio, no interior de São Paulo, no terceiro trimestre.

“33 dos 78 fornos já estão em operação e até o final deste ano, todos equipamentos entrarão em operação”, disse. “Pelo cronograma, a reforma da Sala 3 estaria concluída em 2023.”

Serão mais 30 mil toneladas adicionais de alumínio à capacidade de produção da companhia.

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