Bolsa acumula alta de 4,29% na semana com valorização da Petrobras

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta esta última sessão do mês e rompeu os 103 mil pontos. A bolsa foi puxada pelos bons resultados da Petrobras que, assim como na véspera, sustentou o índice no terreno positivo. Os papéis da estatal subiram mais que 6% e ficaram entre as maiores altas do Ibovespa.

Ontem, a estatal anunciou a distribuição recorde para um trimestre de R$ 87,8 bilhões e isso fez o Ibovespa fechar no azul e retomar o patamar dos 102 mil pontos. O valor é disparado o maior entre as companhias de capital aberto brasileiras – a mineradora Vale vai distribuir R$ 3 bilhões em dividendos referentes ao segundo trimestre.

Após a divulgação do pagamento de valor recorde de dividendos, as ações da Petrobras começaram a subir e terminaram o dia com alta de 2,12% e 3%, respectivamente, nas ações ordinárias e preferenciais. Só ontem a empresa ganhou cerca de R$ 10 bilhões em valor de mercado.

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Nesta sessão, as ações da Petroleira também avançaram forte. O PETR4 subiu 6,07% e o PETR3 evoluiu 6,77%. Isto sustentou o Ibovespa no azul durante todo o dia. O índice acelerou 0,55% aos 103.364 pontos, depois de oscilar entre 102.514 e 103.989 pontos. O volume financeiro do Bolsa neste pregão girou em R$ 31.4 bilhões.

Com o resultado, a bolsa ganhou 4,29% na semana teve valorização de 4,69% no mês. Já no ano, ainda tem perda acumulada de 1,58%.

Para Wagner Varejão, especialista da Valor Investimentos, o que fez o Ibovespa dar uma guinada neste mês foram os dados ruins de PIB nos Estados Unidos, que entraram em recessão técnica após o segundo trimestre consecutivo de queda na atividade econômica. “O que é ruim para a economia é bom para o mercado porque indica que o Fed irá subir menos os juros”, disse. “Se a atividade está mais fraca é possível que a inflação também arrefeça e isso acabou ajudando os mercados. E esse vento a favor acabou soprando para o mercado brasileiro.”

Nesta sessão, os índices americanos também fecharam no terreno positivo, mesmo depois dos dados inflação que foram os maiores em 40 anos. Dow Jones avançou 0,77%, S&P subiu 1,44% e Nasdaq, 1,88%.

Já a Vale caiu forte nesta sessão. A mineradora divulgou o balanço do segundo trimestre deste ano e apurou queda no lucro de 18,4% no comparativo anual, US$ 6,2 bilhões (R$ 30 bilhões).

A receita foi de US$ 11,1 bilhões entre abril e junho, menor do que os US$ 16,5 bilhões registrados em igual período do ano passado e pouco aquém do consenso de US$ 11,3 bilhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, depreciações e amortizações) foi de US$ 5,5 bilhões, ante US$ 6,37 bilhões registrados em igual período do anterior. A projeção, segundo consenso Refinitiv, era de um Ebitda de US$ 5,826 bilhões. O desempenho mais fraco do que o mercado esperava fez a ação da mineradora cair 1,26%.