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Amazon deleta livros que tratam LGBTQ+ como doença

Gigante do comércio eletrônico que vende mais da metade dos livros nos EUA confirmou decisão a senadores conservadores

lgbtq+

“Os varejistas decidem sobre o que querem oferecer aos seus clientes”, declarou a Amazon | Foto: Getty Images

A Amazon, responsável por mais da metade dos livros vendidos nos Estados Unidos, decidiu deletar de suas plataformas virtuais obras que enquadram transgêneros e outras identidades sexuais como doenças mentais.

“Optamos por não vender livros que enquadram a identidade LGBTQ+ como uma doença mental”, disse a Amazon em carta assinada pelo vice-presidente de políticas públicas da empresa, Brian Huseman.

A polêmica envolve identidades sexuais que incluem lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, entre outras.

Anúncio foi feito em resposta a senadores

A carta foi enviada em resposta a um grupo de senadores do partido Republicano que questionavam a retirada dos catálogos da Amazon de um livro sobre o tema. A resposta foi obtida pelo Wall Street Journal.

Os senadores haviam escrito carta ao executivo chefe da Amazon, Jeff Bezos, pedindo uma explicação sobre o motivo da exclusão de um livro sobre o tema (“When Harry Became Sally: Responding to the Transgender Moment”, ou “(Quando Harry se tornou Sally: Respondendo ao Momento Transgênero”).

Assinavam a carta os senadores Marco Rubio, da Flórida, Mike Lee de Utah, Mike Braun de Indiana e Josh Hawley, do Missouri.

O título lançado há três anos sumiu do site da Amazon e das suas plataformas Kindle e Audible. A obra defende a tese de que o movimento de encorajar pessoas que se sentem de um gênero diferente a se submeter a procedimentos de mudança de sexo é motivado por ideologia, e não por conselhos médicos.

Amazon vende 53% dos livros nos EUA

O livro é do estudioso conservador Ryan T. Anderson, foi publicado em fevereiro de 2018. Os senadores, em sua carta datada de 24 de fevereiro, acusam a Amazon de censurar o pensamento conservador indicando que suas opiniões não são bem-vindas.

A Amazon disse que oferece aos seus clientes acesso a uma grande variedade de pontos de vista, incluindo livros que alguns clientes podem achar censuráveis. “Dito isso, reservamo-nos o direito de não vender determinado conteúdo”, escreveu Huseman, da Amazon. “Todos os varejistas tomam decisões sobre qual seleção eles escolhem oferecer, assim como nós.”

A Amazon responde por 53% de todos os livros vendidos nos Estados Unidos e 80% de todos os ebooks, o que significa que a remoção de um título da plataforma tem impacto significativo nas vendas, segundo o Wall Street Journal.

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