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Anac autoriza Gol, Latam e Azul a voarem com menos comissários

Redução de equipe é decorrente do avanço de casos de covid e influenza entre os funcionários das companhias

Boing, da Gol

O Boing 737 Max 8, da Gol, que tem capacidade para 186 passageiros, só poderá voar com, no máximo, 150 assentos ocupados | Foto: Divulgação

Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu autorização para que a Gol, Latam e Azul possam cumprir sua agenda de voos com menos comissários de bordo. Com o avanço da ômicron, as companhias estão com a tripulação desfalcada, o que acarreta a um aumento crescente de cancelamentos de voos.

As empresas poderão, a partir de agora, voar com três comissários, em vez de quatro. Juntas, as três companhias são donas de mais de 98% dos mercado de aviação doméstica no Brasil.

Para decolar com a equipe profissional reduzida, as empresas terão de reduzir também o limite de passageiros a bordo. A exigência da Anac é que as companhias operem, no mínimo, com um comissário para cada 50 passageiros.

Um Boing 737 Max 8, da Gol, por exemplo, que tem capacidade para voar com 186 passageiros, só poderá decolar com no máximo 150 dos assentos ocupados.

Centenas de voos foram cancelados por falta de tripulação

Centenas de voos nacionais e internacionais estão sendo cancelados por falta de tripulação, incluindo pilotos e copilotos. A situação tem sido provocada pelo aumento das dispensas médicas por covid-19 e influenza.

A Latam, por exemplo, informou aos passageiros que já cancelou 1% de todos os voos domésticos e internacionais em janeiro. Na companhia, ao menos 111 decolagens foram canceladas entre segunda-feira, 10, e domingo, 16.

A Gol também confirmou que houve aumento dos casos positivos entre colaboradores. Os funcionários que apresentaram resultado positivo foram afastados das funções para se recuperarem em casa com segurança, informou a companhia.

No caso da Azul, em janeiro houve aumento de 405% nos afastamentos por motivos médicos, em relação à média dos últimos 12 meses, segundo dados apresentados pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA).

A situação levou a companhia a propor acordo coletivo aos empregados, no qual ofereceu gratificação em dinheiro a quem aceitar redução de folgas.

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