No primeiro trimestre da nova empresa formada a partir da junção da Arezzo&Co e do Grupo Soma, a AZZAS (AZZA3) surpreendeu positivamente tanto em termos de vendas (5% acima dos números do Safra) quanto de margem EBITDA ajustada (+71 bps acima da nossa estimativa), apesar da margem bruta pior do que a esperada (-206 bps vs. Safra).
O destaque em vendas foi o vestuário feminino, que veio 13% acima da estimativa do Safra e subiu 17% a/a, seguido pelo vestuário masculino, que ficou 10% acima da nossa estimativa e 26% maior a/a, compensando o desempenho pior do que o esperado de calçados e acessórios (5% abaixo da Safra e apenas 3% acima dos níveis do 3T23).
Em relação às despesas, como esperado, o trimestre foi marcado por vários ajustes relacionados à fusão, mas, em uma base recorrente, as despesas gerais, com vendas e administrativas foram 2,80 pp menores do que projetamos, compensando a margem bruta menor do que a esperada.
Por fim, o lucro líquido chegou a R$ 83 milhões, em comparação com nossa estimativa de R$ 74 milhões e R$ 229 milhões no 3T23. A redução foi motivada por maiores despesas financeiras e impostos de renda.
Na avaliação do Banco safra, a nova empresa começa com uma nota positiva, especialmente no que diz respeito às vendas —
apenas uma unidade de negócios cresceu em um ritmo de um dígito, enquanto as outras três sustentaram um crescimento
consolidado de dois dígitos (+12% a/a).
Além disso, o Safra acredita que os custos de integração devem cair em um futuro próximo e acredita que há espaço para otimizar as despesas operacionais, levando a margens mais saudáveis. Além disso, o banco vê as ações sendo negociadas em uma avaliação atraente (P/L de 2025 de 10x), daí a recomendação de Compra.
