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Mater Dei eleva receita com aumento da taxa de ocupação

O EBITDA ajustado da Mater Dei ficou 7% acima da estimativa do Safra e 5% acima do consenso


O Mater Dei apresentou resultados operacionais do primeiro trimestre de 2024 melhores do que o esperado, impulsionados por um sólido crescimento da receita e uma taxa de ocupação mais alta, apesar da redução do ticket médio por leito.

O capital de giro deteriorou-se mais uma vez, principalmente devido ao aumento das contas a receber, uma vez que as operadoras de saúde continuaram a pressionar os prestadores de serviços no trimestre.

Em suma, mantemos uma recomendação de Compra para MATD3, uma vez que vemos um conjunto sólido de ativos, um valuation relativo atraente e um potencial para proporcionar um crescimento sólido e sustentável.

A receita líquida aumentou 11% em relação ao ano anterior para R$583 milhões, ficando 7% acima da nossa previsão e 5% acima do consenso.

O Mater Dei reportou uma receita líquida de R$583 milhões (11% em relação ao ano anterior), devido a uma maior taxa de ocupação (o melhor nível desde pelo menos 2020) e ao total de pacientes-dia.

Enquanto isso, o tíquete médio consolidado ficou estável a/a (-5% t/t) em Rt/t$2mn por leito (conforme medido pela empresa, ou uma conta média diária de R$5.982mn), principalmente devido ao efeito mix (menos internações cirúrgicas neste trimestre).

As receitas da empresa-mãe (que consideram apenas os hospitais de Belo Horizonte e Salvador) aumentaram 20% em relação ao ano anterior, impulsionadas pelo ramp-up de Salvador.

A taxa de ocupação aumentou significativamente, atingindo 79,1% (+839 pontos base em termos homólogos e +850 pontos base em termos trimestrais), levando o total de doentes-dia a ficar 10% acima da nossa previsão.

A dengue e as doenças respiratórias impulsionaram a taxa de ocupação em algumas regiões, embora este efeito tenha tido um impacto negativo no ticket médio devido à menor complexidade dos tratamentos. Incluindo os pacientes do Day Hospital, a taxa de ocupação teria sido de 83,2%.

Lucro líquido ajustado de R$42 milhões, +50% em relação ao ano anterior e +51% em relação ao Safra.

A margem bruta caixa foi de 36,9% no 1T24 (-128 pontos-base em relação ao 1T19, +299 pontos-base em relação ao 1T19 e 39 pontos-base acima da nossa estimativa), pressionada por pessoal e serviços médicos.

Entretanto, as despesas SG&A melhoraram 118 pontos base face ao período homólogo, para 12,5% das receitas, principalmente devido à integração das atividades de back-office com menores despesas com pessoal.

Como resultado, o EBITDA ajustado atingiu R$140 milhões (+5% vs. 2013, 7% acima da nossa previsão e 5% acima do consenso) com uma margem EBITDA ajustada de 23,9% (-152 pontos base vs. 2013 e +14 pontos base vs. as nossas estimativas).

O resultado financeiro líquido surpreendeu positivamente, ao atingir -R$49 milhões (-14% vs. 2014 e -13% vs. nossas estimativas), o que, em conjunto com uma menor taxa efetiva de imposto e menores interesses minoritários, levou a um resultado líquido ajustado de R$42 milhões (+50% vs. 2014 e +51% vs. nossas estimativas).

Alavancagem e fundo de maneio. A dívida líquida situou-se em R$1.021 milhões no 1T24 (ND/EBITDA de 1,9x) vs. uma dívida líquida de R$901 milhões (ND/EBITDA de 1,9x) no 1T23 e R$925 milhões (ND/EBITDA de 1,8x) no 4T23.

Além disso, o capital de giro deteriorou, principalmente devido a um aumento nos dias de contas a receber para 135 dias (de 133 dias no 4T23) e um aumento de 2 dias em relação ao trimestre anterior em contas a pagar para 39.

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