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Petróleo cai e bolsas reagem ao temor de mais aperto nos juros nos EUA

Mercado reage a declarações de dirigentes do Federal Reserve sobre possibilidade de mais aperto da política monetária; petróleo cai

Petróleo cotações

O petróleo apresenta queda com incertezas relacionadas à demanda por novas dúvidas sobre se o Federal Reserve terminou o aperto | Foto: Getty Images

O petróleo apresenta queda com incertezas relacionadas à demanda por novas dúvidas sobre se o Federal Reserve terminou o aperto (USD83,5/b; -1,94%). As Bolsas na Ásia fecharam no campo negativo e mercado na Europa e futuros nos EUA apontam para um dia de baixa com fala de dirigente do Fed retomando os receios com juros mais altos após informar que é preferível apertar excessivamente a política monetária a fazer muito pouco. Outros dirigentes do Fed falarão ao longo do dia e podem gerar volatilidade antes da conferência com Powell amanhã.
Minério de ferro apresentou queda após uma forte sequência de altas (USD122,7/t; -0,92%)

O Ibovespa apresentou alta de +0,22% no último pregão, cotado a 118.431,25 pontos. O ativo está em tendência neutra no médio e no curto prazo. Na alta, o ativo possui primeira resistência em 119.600 pontos e, caso rompa esse patamar, poderá alcançar sua próxima resistência em 122.600 pontos. Do lado da baixa, o primeiro suporte se encontra na região de 112.500. O próximo fica na faixa de 110.850 pontos.

O Dólar Futuro apresentou queda de -0,31% no último pregão, cotado a 4.900,50 pontos. O ativo testa um suporte anterior e se encontra em tendência de baixa no médio prazo e neutra no curto. Do lado da baixa, o primeiro suporte fica na região de 4.900 pontos. Se perder esse patamar, poderá alcançar o suporte seguinte em 4.810. Já do lado da alta, a primeira resistência do contrato fica na região de 5.090 e a segunda em 5.220.

Doméstico:

Ata do Copom é destaque da agenda, que conta com palestras de Campos Neto e Galípolo após decisão de juros e dados abaixo do esperado do mercado de trabalho na semana passada. Congresso deve debater LDO e reforma tributária, que poderia ser votada nas comissões.

Empresas:

Gerdau: Cia reportou Ebitda ajustado acima das estimativas no terceiro trimestre, mas ressaltou a atividade mais fraca do setor automotivo nos EUA / Cia vai pagar dividendos a partir de 13/12, o equivalente a R$ 0,47 por ação ON e PN; ex em 21/11
Americanas: Cia decidiu suspender o processo de sondagem do mercado para o Hortifruti Natural da Terra
Prio: Produção diária de óleo outubro é de 100.004 barris por dia, queda de 2,64% em relação a setembro
Vale: Cia tem rating reiterado em BBB pela Fitch
Petrobras: Cia debate gastar mais em petróleo ou renováveis em plano
Eletrobras: BNDES aprovou a reestruturação das dívidas da Santo Antônio Energia, controlada indireta da Eletrobras
Arezzo: aprovou a distribuição de R$ 87 milhões em JCP, o equivalente a R$ 0,7853 por ação, e de R$ 33 milhões em dividendos, o equivalente a R$ 0,2973 por ação; pagamento de ambos será em 28/11; ex em 13/11
Sinqia: AGE aprovou cancelamento de registro de cia aberta na categoria A; pedido será submetido à CVM

Agenda do Dia:

08:00 – Brasil – Ata do Copom
08:30 – Brasil – Dados de Crédito/Setembro
10:30 – EUA – Balança Comercial/Setembro
Balanços: Alliança, Arezzo, BrasilAgro, Cury Construtora, Dexco, Direcional, Iguatemi, Movida, Rede D’Or, Totvs, Valid

Fechamento dia anterior

Ibovespa: 118.431 (+0,23%)
S&P: 4.366 (+0,18%)
Dólar Futuro: R$4,90 (-0,31%)

Atualizações Safra:

JSL: Resultados do 3T23 – Crescimento contínuo impulsiona seu desempenho operacional

A JSL apresentou bom resultado no 3T23. A consolidação da IC Transportes e o repasse da inflação aos seus contratos foram mais que suficientes para compensar o crescimento orgânico mais lento, o que resultou num aumento de 32% A/a no Ebitda da empresa, enquanto sua margem EBITDA cresceu 115bps em termos anuais, para 19,6%. Contudo, vale ressaltar que o crescimento orgânico mais lento também refletiu a descontinuação de contratos menos rentáveis, que, apesar do impacto de curto prazo nas receitas, deverão beneficiar as margens e retornos futuros da JSL. Por outro lado, as maiores despesas financeiras continuaram a prejudicar o lucro da empresa, que, ajustado pelos benefícios fiscais, caiu 16% A/A, para R$ 32 milhões. Considerando os benefícios fiscais acumulados no trimestre, o resultado final da JSL aumentou 37% A/a, para R$ 58 milhões.

AES Brasil: Resultados do 3T23 – EBITDA em linha com as expectativas

A AES Brasil reportou EBITDA de R$ 430 milhões (+51,4% A/a), 2,6% abaixo de nossas estimativas e 3,9% abaixo do consenso. O lucro líquido reportado de R$ 124 milhões (+21,3% A/a) ficou em linha com nossas estimativas, mas 94,8% acima do consenso. Esperamos uma reação neutra do mercado.
Este foi um trimestre bom para a AES, no qual apresentou bom crescimento anual do EBITDA, boa evolução dos níveis contratados do seu balanço energético e bom controle de custos. O aumento da dívida reflete o momento de implantação do projeto da empresa. Temos um rating Neutro para a AES Brasil principalmente por motivos de valuation. A empresa negocia a uma TIR de 9,1% e acreditamos que existem melhores oportunidades de investimento no mercado com menores riscos e melhores rendimentos. A rentabilidade da AES Brasil nos próximos anos dependerá da eficiência dos investimentos e da dinâmica dos preços de mercado, à medida que a empresa desenvolve seus projetos renováveis. Os níveis de alavancagem também constituem uma preocupação no contexto atual de elevados custos de crédito.

Pague Menos – Resultados do 3T23: Sinergias começaram a fazer efeito

A Pague Menos registrou um crescimento de 16% A/a na receita (em linha com nossa estimativa) e um aumento de 41% A/a no EBITDA (também em linha com nossa estimativa), com uma melhoria de 83bps na margem devido à maior diluição de despesas gerais, administrativas e com vendas e a sinergias provenientes da aquisição da Extrafarma (“EF”). O EBITDA da EF totalizou R$ 10 milhões no 3T23 comparado a um prejuízo de -R$ 13 milhões no 3T22. Os outros destaques do trimestre foram: (i) melhora na produtividade das lojas (R$/loja, PGMN: +4% A/A; Extrafarma: 5% A/A), apesar da abertura líquida de 74 lojas Pague Menos nos últimos 12 meses; (ii) melhor ciclo de caixa (redução de 2 dias A/a com menores estoques); (iii) menor alavancagem (dívida líquida/EBITDA de 2,4x no 3T23 contra 3,1x no 2T23). Além disso, vale ressaltar que apesar da melhora no EBITDA da Extrafarma, ainda há espaço para novos ganhos, pois ainda existe uma grande diferença entre EF e Pague Menos de forma independente: (i) produtividade das lojas (EF’s é 26% menor), (ii) ticket médio (EF’s é 12% menor) e (iii) penetração de vendas online (EF’s é 370bps menor). Em suma, vemos os resultados do 3T23 como um ponto de virada positivo para a PGMN, uma vez que as sinergias da aquisição começaram a fazer efeito, levando a um melhor desempenho consolidado. Dessa forma, reiteramos nosso rating de Compra para a ação e preço alvo de R$ 4,4/ação.

Itaú Unibanco: Resultados do 3T23 – Sólido ROE de 22%

Visão positiva para as ações. O Itaú Unibanco demonstrou novamente um controle absoluto de suas operações, com o ROE expandindo +50bps em relação ao último trimestre para 22% no Brasil. À medida que uma política de crédito mais restritiva começou a apresentar efeitos na qualidade dos ativos, o Itaú se beneficiou do aumento da rentabilidade nas operações de varejo, aliado à estabilidade no atacado. Apesar de focar em uma carteira mais segura, o banco conseguiu aumentar as margens sensíveis aos spreads, ajudado por uma penetração impressionante de empréstimos pessoais em marcas de renda mais alta e uma recuperação na carteira de PMEs no trimestre. Por fim, o banco reiterou seu guidance com ajustes da venda do Itaú Argentina. Reiteramos nossa classificação de Compra e o Itaú Unibanco como nossa principal escolha no setor.

TIM Brasil: Resultados do 3T23 – A tendência positiva continua

A TIM Brasil reportou mais uma série de resultados positivos, em linha com nossas expectativas para o trimestre. No geral, as receitas de serviços móveis continuam a ser o principal impulsionador do crescimento, mas destacamos a forte margem EBITDA de 49,7%. Destacamos também o bom desempenho do lucro líquido (14% acima da nossa estimativa e 25% acima do consenso), já que os resultados financeiros ficaram melhores que o esperado, juntamente com o desempenho operacional positivo, impulsionando o resultado da TIM.
O lucro líquido ajustado da TIM atingiu R$ 724 milhões, crescendo 53% A/a e ficando 14% acima da nossa estimativa (25% acima do consenso), uma vez que os resultados financeiros foram melhores que o esperado, devido aos efeitos positivos do descomissionamento de sites sobre juros sobre arrendamentos. O Capex totalizou R$ 998 milhões, um pouco acima da nossa estimativa e representando 16,5% da receita líquida. Como resultado, o EBITDA – Capex totalizou R$ 1,4 milhão (em linha com nossa projeção e 17% A/A).

Saúde: Dados de setembro da ANS – Positivo para HAPV, enquanto SULA apresentou o pior desempenho

Os membros de plano de saúde atingiram 50,9 milhões em setembro (+204 mil meses, +380 mil no trimestre, +672 mil no acumulado do ano e +889 mil nos últimos 12 meses). A Agência Nacional de Saúde (ANS) divulgou dados referentes à adesão a planos privados referentes ao mês de setembro. As adições líquidas foram de 204 mil, levando a um crescimento base de 1,8% A/A (0,4% m/m), com destaque para a região Sudeste com 145 mil adições líquidas (71% do total). Este desempenho positivo já era esperado devido à força contínua do mercado de trabalho (criação líquida de 187 mil empregos em Setembro). Como surpresa positiva, a Hapvida liderou com sólidas adições líquidas, ficando acima da nossa projeção para o 3T23. Os dados da ANS podem não corresponder perfeitamente aos números divulgados pelas empresas e acreditamos que é muito cedo para esperar uma mudança material no cenário base de perda de membros até meados de 2024 para a Hapvida. Contudo, os dados de Setembro parecem encorajadores e podem aliviar as preocupações com o crescimento durante algum tempo, na nossa opinião.

Engie: resultados do 3T23 – EBITDA acima das estimativas impulsionado pela TAG

A Engie reportou um EBITDA de R$1.707 milhões (+16,2% a/a), 4,8% acima da nossa estimativa e 5,6% acima do consenso. O EBITDA reportado foi afetado por +R$204 milhões do reconhecimento de margens de construção de linhas de transmissão e remuneração de concessões sem impacto no caixa, que foi parcialmente compensado por: (i) R$61 milhões de provisões relacionadas a uma reivindicação relacionada ao complexo solar de Paracatu; e (ii) -R$160 milhões de AAR do braço de Transmissão, que não foi incluído no EBITDA reportado. O EBITDA comparável de R$1.729 milhões (+4,1% ano a ano, incluindo os resultados da TAG) ficou 6,2% acima de nossas estimativas e 7,0% acima do consenso, com uma contribuição maior do que a esperada da TAG. O resultado líquido reportado foi de R$867 milhões (+18,0% ano a ano), 7,6% acima de nossas estimativas e em linha com o consenso.
Os resultados foram bons, apesar dos números fracos no braço de Geração, e ligeiramente acima das expectativas, principalmente devido aos maiores resultados de renda variável da TAG. A Engie também foi capaz de vender energia a preços implícitos decentes (embora os volumes tenham sido menores em comparação com o 2T23). A empresa decidiu não anunciar dividendos extraordinários, uma vez que anunciou recentemente a aquisição de cinco projetos solares, por um valor empresarial de R$3,2 bilhões em termos justos (TIR real de 8,5%). Em nossa opinião, apesar de ser uma aquisição relativamente pequena para a empresa, com espaço potencial para melhorar a TIR final, a transação não é considerada muito atraente, em nossa opinião. De qualquer forma, temos uma visão favorável sobre a empresa, pois ela se apresenta como uma boa opção de baixo beta para mercados voláteis, com potencial para agregar valor em diferentes segmentos, como o de gás (TAG).

Aura Minerals: Resultados do 3T23 – Desafios operacionais levam à revisão do guidance

A Aura registrou resultados operacionais sequencialmente melhores no 3T23, após um segundo trimestre fraco, mas ficou aquém de nossas expectativas. O EBITDA trimestral foi de US$ 30 milhões, crescendo 13% t/t e 80% a/a, mas abaixo da nossa previsão de US$ 37 milhões, principalmente devido a volumes de vendas menores do que o esperado e custos maiores do que o previsto na EPP. O lucro líquido de US$8 milhões foi menor do que os US$11 milhões no 2T23 devido a impostos de renda mais altos. A Aura novamente revisou para baixo sua projeção de produção para 2023, enquanto aumentou as estimativas de custo de caixa e capex para o restante do ano, o que poderia pesar sobre as ações no curto prazo. No entanto, continuamos a ver um potencial positivo de médio prazo nas iniciativas da empresa em exploração e aumento da produção.

Vibra Energia: Resultados do 3T23 – Um trimestre excepcional

A Vibra registrou excelentes resultados operacionais no 3T23, como resultado de fortes margens de vendas e ganhos de estoque. A margem EBITDA unitária (excluindo recuperação de impostos e vendas de propriedades) de R$229/m3 foi 29% acima da nossa estimativa de R$178/m3 e se compara a R$81/m3 no 2T. Vale ressaltar que, mesmo ajustando pelo ganho de estoque de R$39/m3 , a margem do trimestre ainda seria de R$190/m3, refletindo os resultados positivos das estratégias de preço no período e uma oferta mais equilibrada no mercado. O EBITDA recorrente de R$2.155 milhões foi 27% acima de nossa previsão e 194% maior t/t, enquanto o lucro líquido de R$1.255 milhões se compara à nossa estimativa de R$853 milhões e R$133 milhões no 2T23.

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