A Ânima Educação (ANIM) relatou resultados melhores do que o esperado e apresentou outra rodada bem-vinda de desalavancagem sequencial para 2,76x dívida líquida/EBITDA ajustado (de 2,98x no 1T24), impulsionado pela expansão do EBITDA e geração de FCL.
A receita cresceu 5% ano a ano para R$ 977 milhões e superou a estimativa do Banco Safra em +4%. EBITDA ajustado aumentou 21% no ano para R$ 337 milhões, superando nossa expectativa em 17% com margem de 34,5% (+465bps a/a +384bps vs. Safra).
O lucro líquido ajustado ficou em R$ 8 milhões (vs. -R$ 85 milhões no segundo trimestre de 2013), superando a estimativa do Safra de prejuízo.
Além disso, a ANIM anunciou R$ 178 milhões em dividendos, marcando uma distribuição significativa (rendimento de 12%) após vários anos.
O Banco Safra mantém uma recomendação de Compra para ANIM3 e coloca a ação como nossa melhor escolha no setor (substituindo a YDUQ3), pois esse conjunto sólido de resultados pode desencadear algum aumento nas estimativas e, embora o crescimento da base de estudantes não seja nada para escrever sobre, teve alta qualidade com a melhoria dos tickets.
A fraca dinâmica de consumo foi compensada pelo aumento dos preços. A baixa impressão de entrada da Anima (-20% no core business e -5,6% no digital learning) foi parcialmente compensada pelo crescimento médio dos tickets (+6% no core; +4% no digital learning; +17,1% na Inspirali).
Como resultado, a impressão de receita da Ânima Core foi de R$ 532 milhões (-3% a/a e +1% vs. Safra) e o lucro operacional foi de R$ 206 milhões (+12% a/a e +13% vs. Safra), com um aumento de margem de 532bps a/a).
As receitas líquidas do segmento de Digital Learning chegaram a R$80 milhões (+11% e -7% vs. Safra) e o lucro operacional foi de R$24 milhões (+65% e margem melhorou em 997bps).
Por fim, a receita da Inspirali ficou em R$ 365 milhões (+17% e +10%) e o lucro operacional totalizou R$ 181 milhões (+15% no ano; margem -98bps no ano).
Geração sólida de fluxo de caixa líquido (FCL); maior desalavancagem t/t.
A ANIM entregou uma forte impressão de FCL em R$ 62 milhões (+55% a/a), apoiada por uma sólida expansão do EBITDA e menor capex (40% a/a para R$ 40 milhões).
Como resultado, a empresa desalavancou (mais uma vez) seu balanço, atingindo um endividamento líquido de R$ 2,8 bilhões (-R$ 41 milhões no t/t), o que implica em um índice de alavancagem (dívida líquida/EBITDA) de 2,76x vs. 2,98x no trimestre anterior e 3,91x no ano anterior.
Por outro lado, o anúncio de R$ 178 milhões em dividendos neste trimestre reforça a confiança da gerência no plano de desalavancagem da empresa e deve aumentar a confiança dos investidores no caso.