O Banco Safra reitera a recomendação de Compra para Aura Minerals, após incorporar os números do segundo trimestre de 2024, os preços das commodities marcados para o mercado e a taxa de câmbio.
As ações da Aura Minerals subiram 21% desde junho passado, acompanhando os preços do ouro no período. O Safra destaca o Preço Alvo de YE25 de R$ 23,90 BDR, um aumento modesto em relação ao Preço Alvo anterior de YE24 de R$ 22/BDR, implicando uma potencial valorização suficiente para o banco reiterar a recomendação de Compra.
O desempenho do preço do ouro surpreendeu, segundo a análise do Safra, e agora o banco estima que os preços se estabilizarão em torno dos níveis spot de US$ 2.500/oz no segundo semestre de 2024, apoiados por:
- (i) taxas de juros reais mais baixas;
- (ii) influências fortes contínuas de ETF; e
- (iii) mais aversão ao risco, desencadeada pelas tensões geopolíticas e as eleições nos EUA.
Além disso, o Safra acredita que as compras líquidas dos bancos centrais, lideradas pelos países emergentes, estabilizaram em níveis saudáveis, apesar de terem se moderado nos últimos meses.
Por fim, o Safra estima que os resultados da Aura melhorarão sequencialmente nos próximos anos devido à maior produção e menores custos graças ao ramp up de Almas e novos projetos (Borborema e Matupá).
O Safra estabeleceu um novo preço alvo de YE25 de R$ 23,90/BDR com base em uma avaliação do NAV, acima do Preço
Alvo anterior de YE24 de R$ 22,00/BDR (ajustado para divisão de ações).
O banco usou um custo de capital de 11,6% e um WACC (média ponderada do custo de capital próprio e do custo da dívida) de 10,9% (inalterado). Isto implica um aumento de 26% do fluxo de caixa descontado (DCF) e uma relação P/NAV de 0,8x (56% de desconto em relação à média dos seus pares).
Principais riscos para a visão positiva da análise do Safra:
- (i) preços do ouro inferiores ao esperado, que poderiam ser causados, entre outras razões, pelo aumento das curvas de rendimento;
- (ii) riscos geológicos, pois os volumes estimados podem não ser confirmados;
- (iii) riscos de execução, que poderiam causar atrasos nos projetos ou reduzir as taxas de retorno;
- (iv) questões regulatórias, como tributação e licenciamento; e
- (v) riscos ambientais inerentes às atividades de mineração.