O EBITDA da Auren de R$ 398 milhões (-13% a/a) está em linha com a nossa estimativa e 4,1% abaixo do consenso, afetado por:
(i) R$ 102 milhões de despesas de mercado (MTM) ao nível consolidado; e
(ii) R$85 milhões de reversões de provisão. O EBITDA de R$416 milhões (excluindo renda de ações) cresceu 1,7% no ano, chegando a 5,0% acima da nossa estimativa e em linha com o consenso.
O lucro líquido de R$ 91 milhões (-50,2% a/a) foi 31,4% abaixo da estimativa do Safra e 27,8% abaixo do consenso, principalmente devido a maiores despesas financeiras, resultados de renda de ações mais baixos, e uma taxa de imposto efetiva mais alta.
Na opinião do Banco Safra, os resultados recorrentes foram bons, principalmente impulsionados pelo controle de custos decente do braço de trading. A receita não foi um destaque no trimestre, pois a empresa enfrentou preços mais baixos na energia em seu braço hidro, que foram parcialmente compensados pelo bom desempenho do seu braço de vento.
O Safra também observa que o corte não teve impacto significativo na Auren, já que a maioria de seus ativos eólicos estão localizados no Estado do Piauí (pouco afetados) e seu braço solar ainda está em um estágio inicial de operações.
Quanto à integração da AES Brasil, a Auren espera que o fechamento da operação ocorra em outubro e deve aproveitar os ganhos de eficiência da aquisição. O Safra mantém uma visão positiva para Auren.