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ANÁLISE

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VALE3

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Blau tem perspectiva promissora, mas recomendação é neutra

O Safra informa que gostaria de ver uma melhoria mais robusta para ter uma visão mais construtiva do caso. Assim, o banco reitera a avaliação neutra e preço-alvo de R$ 15,8/ação


A Blau (BLAU3) realizou seu Investor Day, com a participação de Marcelo Hahn (CEO e fundador), Douglas Rodrigues (CFO) e outros executivos-chave da empresa.

A gestão da empresa discutiu: (i) a recente implementação da reviravolta; (ii) prioridades de curto e longo prazo; (iii) P&D e inovação; e (iv) as perspectivas de longo prazo para o portfólio, expansão da capacidade e operação internacional.

O Banco Safra avalia que, embora a perspectiva da empresa pareça promissora, considerando as oportunidades apresentadas pela gestão,
o banco prefere manter uma postura conservadora, principalmente em relação às margens de longo prazo, já que os níveis atuais permanecem
abaixo dos níveis históricos.

O Safra informa que gostaria de ver uma melhoria mais robusta para ter uma visão mais construtiva do caso. Assim, o banco reitera a avaliação neutra e preço-alvo de R$ 15,8/ação.

Após a tempestade perfeita em 2023, virada nos nove primeiros meses de 2024

Em seu discurso de abertura, o Marcelo Hahn destacou os resultados dos esforços realizados com o objetivo de recuperar a rentabilidade da BLAU após um desempenho abaixo do padrão em 2023.

Além disso, a gestão permanece otimista, uma vez que a empresa reduziu sua dependência de suas duas principais moléculas (imunoglobulina e epoetina alfa) e:

(i) aumentará sua capacidade de produção (expansão das plantas da Blau em São Paulo e Cotia no curto prazo e P1000 no longo prazo);

(ii) continua a apoiar as suas iniciativas de P&D e inovação com o objetivo de aumentar o seu TAM;

(iii) começou a colher os frutos das suas recentes aquisições (Bergamo e Prothya, por exemplo); e

(iv) manteve a sua alavancagem em um nível baixo (0,2x no 3T24) em meio a um cenário macro difícil. Vale ressaltar que a margem bruta de Bergamo melhorou substancialmente (17% no 3T24 vs. 2% no 3T23), mas ainda está abaixo do nível da margem bruta de BLAU (42% no 3T24).

Capacidade de produção

A gerência espera um aumento de 70% na capacidade das plantas atuais em 2028 vs. 2024, com R$ 100 milhões em capex a serem implementados em 2025 e 2026.

Além disso, a P1000 (Blau Pernambuco) deverá exigir R$ 1,2 bilhão em capex e deverá somar 3x a capacidade atual da empresa até 2032.


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