O EBITDA ajustado de R$ 505 milhões da Brava Energia (BRAV3) no quarto trimestre de 2024 estava em linha com as estimativas do Banco Safra, pois os custos mais altos do que o esperado no segmento mid e downstream mais do que compensaram a receita maior do que a antecipada no segmento e as despesas gerais, administrativas e com vendas abaixo da previsão dos especialistas do banco.
No entanto, o EBITDA ajustado de R$ 505 milhões representa uma queda de 31%na comparação trimestral, devido ao desempenho fraco em ambos os segmentos operacionais, incluindo números de produção offshore mais baixos, queda nas receitas de serviços e preços mais baixos do Brent, parcialmente compensados pela depreciação do real frente ao dólar.
O resultado final registrou um prejuízo líquido de R$ 1,028 bilhão (-5% vs. estimativa do Safra) e compara-se a um valor positivo de R$ 498 milhões no trimestre anterior.
Além dos resultados operacionais mais fracos, essa perda decorre de um pesado impacto negativo do câmbio, contrabalançado em parte por menores despesas gerais e administrativas e depreciação e pela contabilização de créditos tributários.
Como resultado do trimestre desafiador, a Brava reportou um fluxo de caixa livre negativo de R$ 520 milhões. O Safra acredita que este conjunto de números desanimadores já está precificado, e reitera a visão de que os números do quarto trimestre de 2024 não refletem todo o potencial do portfólio da Brava, que já está mostrando uma melhoria substancial nos números de produção nos primeiros dois meses de 2025.
Isso, juntamente com o capex menor esperado para este ano – à medida que a transição do FPSO Atlanta e os trabalhos de manutenção são concluídos –, deve impulsionar uma melhoria na geração de caixa.