A BRF apresentou fortes lucros no segundo trimestre de 2024, com margens em melhoria em todas as divisões e EBITDA ajustado superando a estimativa do Safra (+15%) e o consenso (+19%).
O destaque do trimestre, na avaliação do Banco Safra, foi uma margem recorde de 21% no segmento Internacional, impulsionada por menor CPV/Kg e preços mais altos devido à forte demanda global e mais licenças de exportação.
Os ventos favoráveis do BRF+ 2.0 continuam a dar frutos (R$ 374 milhões no 2T24, +R$ 812 milhões no acumulado do ano), enquanto o FCL atingiu R$ 1,728 bilhão no 2T24 e R$ 2,572 bilhões no 1S24 (um rendimento de 7%).
A empresa recomprou 12 milhões de suas próprias ações no 2T24 (1% das ações em circulação) e o conselho de administração aprovou a recompra de outras 17 milhões de ações (141% adicionais).
Esses movimentos são uma maneira interessante de retornar dinheiro aos acionistas, ao mesmo tempo em que sinalizam que o preço das ações está atrativo, mas também aumentam a participação da Marfrig na BRF.
O Safra tem recomendação Neutra para a BRFS3, pois esperava uma melhora menos acentuada na lucratividade. No entanto, os spreads têm sido muito melhores do que o previsto e esses resultados sólidos podem desencadear revisões de lucros para cima e continuar impulsionando o desempenho das ações no curto prazo.