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ANÁLISE

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Casas Bahia tem margem bruta acima do esperado

Destaque positivo do balanço da varejista Casas Bahia no trimestre foi a melhoria no capital de giro, segundo análise do banco Safra


O Grupo Casas Bahia apresentou desempenho de receita sem grandes surpresas (estritamente em linha com a estimativa do Safra), com 1P e B&M ainda sofrendo do cenário macro e do plano de turnaround. Por outro lado, a empresa apresentou uma margem bruta melhor do que o esperado (+70bps vs. Safra) que levou a um EBITDA ajustado 9% acima da nossa estimativa, embora em baixa de 4% no ano devido ao pior desempenho das vendas.

É importante destacar que a margem bruta da empresa voltou aos níveis históricos. Por último, mas não menos importante, o destaque positivo do trimestre foi a melhoria no capital de giro (-15 dias em estoques a/a) e seu impacto positivo no fluxo de caixa.

A empresa registrou um fluxo de caixa operacional após investimento de -R$ 84 milhões em 2S24 (+R$ 92 milhões no trimestre) comparado com uma utilização de R$ 307 milhões em 2S23.

Opinião do Safra sobre a ação das Casas Bahia

O Safra não vê os resultados como positivos, uma vez que a empresa registrou um EBITDA melhor do que o esperado e um fluxo de caixa positivo após investimento no trimestre, o que indica que a reviravolta está dando frutos.

Plano de reestruturação está a ter um impacto negativo no desempenho das vendas.

A BHIA registrou uma redução de 14% em receita bruta no ano (estritamente em linha com a estimativa do Safra), impulsionada por um declínio de 2% no varejo físico e um declínio de 35% na 1P, já que a empresa está reduzindo sua exposição a certas categorias e o mercado continua duro para eletrodomésticos e eletrônicos; Além disso, as vendas de 3P permaneceram estáveis no ano. Receita líquida de R$ 6,5 bilhões, uma queda de 13% no ano, estritamente em linha com nossa estimativa.

Margens melhoradas

Lucro bruto de R$ 2 bilhões, com margem bruta de 31,5%, acima da nossa estimativa, 235bps a/a e 70bps acima, alinhado aos níveis históricos na base de melhor sortimento/estoque e um melhor equilíbrio entre produtos e serviços no mix de vendas. O EBITDA ajustado atingiu R$452 milhões, abaixo de 4% em comparação com o ano anterior, mas 9% acima do valor da Safra, com uma margem de 7%, +71bps em relação ao ano anterior e +56bps acima da Safra, já que a melhoria da margem bruta compensou mais do impacto da redução da diluição das despesas devido à diminuição das vendas.

BHIA postou um Prejuízo ajustado líquido de R$383 milhões, comparado com um prejuízo de R$493milhões no 2T23 e nossa estimativa de prejuízo de R$265milhões, devido a maiores despesas financeiras.

O Safra está excluindo do resultado líquido um impacto positivo não recorrente nos resultados financeiros de R$637 milhões (ou R$420 milhões líquidos de impostos).

Fluxo de caixa

O destaque positivo do trimestre foi a redução de 15 dias no ciclo de estoque, que teve um impacto positivo de R$
1,4 bilhão no capital de giro dos últimos 12 dias. Vale ressaltar que a empresa registrou um fluxo de caixa operacional após capex de -R$84 milhões no 2S24 (+R$92 milhões no trimestre) comparado com uma utilização de R$307 milhões em 2S23.


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