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Copel eleva participação na Neoenergia e vende Baixo Iguaçu

Copel amplia espaço para distribuição de dividendos e melhora a posição de caixa da empresa em 2025, o que deve motivar reação positiva do mercado


A Copel (CPLE3) anunciou: (i) o exercício de seus direitos de preferência para adquirir uma participação de 70% da Neoenergia (NEOE3; OP; TP: R$30,90) na usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu, pelo valor de R$984 milhões (após a venda da participação da Neo no ativo), consolidando assim 100% da usina; e (ii) a subsequente venda de 100% de Baixo Iguaçu para a DK Holding Investments (não coberta) por um valor patrimonial total de R$1.554 milhões, dos quais R$570 milhões referem-se à participação original de 30% da Copel nesta unidade, mais R$984 milhões relacionados à participação de 70% adquirida da Neoenergia.

Cálculos e comparação com o negócio anterior da Copel

Considerando a participação da Copel no ativo, este negócio implica um múltiplo de R$6,7 milhões/MW (vs. uma média de mercado de R$4,6 milhões/MW) e EV/EBITDA de 12,9x (vs. 7,5x da Copel). Isso se compara a um implícito de R$5,8 milhões/MW e 11,0x EV/EBITDA no negócio original anunciado pela Neoenergia.

Consequentemente, comparando ambos os valores patrimoniais, a Copel conseguiu adicionar R$148 milhões à avaliação final. Assim, o novo comprador está pagando um prêmio pela participação da Copel.

O Safra acredita que este prêmio é consequência do direito de preferência que permitirá à nova proposta superar a original feita pela EDF (não coberta). Além disso, o valor patrimonial em jogo de R$570 milhões (R$0,19/ação) compara-se aos R$270 milhões incluídos em no alvo (R$0,09/ação).

Avaliação do Safra: movimento positivo da Copel

Na visão dos analistas do Banco Safra, este foi um movimento pequeno, mas globalmente positivo, pois não só gerou valor adicional em comparação com o negócio inicial anunciado, mas também permitiu à Copel desinvestir uma pequena participação em outro ativo, no qual era acionista minoritária (limitando potencialmente o valor final que poderia ser gerado do ativo).

Além disso, o Safra continua a ver a gestão da Copel reforçando uma estratégia de alocação de capital alinhada com seus acionistas minoritários.

Por fim, este negócio cria mais espaço para distribuição de dividendos, pois impactará positivamente a posição de caixa da empresa em 2025. O Safra espera uma reação positiva do mercado a este anúncio.


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