O Banco Safra reitera a recomendação neutra para CSN, após incluir números do dos dois primeiros trimestres de 2024 e preços de commodities e câmbio marcados no mercado. As ações da CSN diminuíram ~24% desde a atualização em meados de março, mas o Safra mantém a recomendação Neutra.
O Safra informa não ter encontrado suporte para uma valorização do preço das ações no curto prazo devido a:
- (i) tendência relativamente estável para resultados como o minério de ferro (~60% dos resultados em 2024E) deve ser negociado ao longo de 2024;
- (ii) um prêmio de valuation para a Usiminas e Gerdau; e
- (iii) rendimento médio do FCL de -23% em 2024-27.
Além disso, o Safra acredita que projetos orgânicos (por exemplo, P15) e potenciais M&As (por exemplo, InterCement Brasil) podem adiar ainda mais o processo de desalavancagem.
Espera-se que a CSN tenha ~65% de seu EV como dívida líquida em 2025, ~55% acima da média de seus pares, e prevemos que a proporção cresça para ~70% em 2027.
O Safra está definindo um novo preço alvo do YE24 de R$15,00/ação com base em uma avaliação do DCF, abaixo do preço alvo anterior de R$16,90/ação.
O banco usou um custo de capital próprio de 15,3% e um WACC de 12,3% (de 15,0% e um WACC de 12,2% anteriormente). Isso implica um aumento de 15% no DCF e nas relações EV/EBITDA de 4,3x e 4,7x para 2024 e 2025, respectivamente.
O Safra continua pensando que os investidores podem voltar sua atenção para o FCF da empresa à medida que os investimentos crescem para atender ao seu plano de investimento de R$ 30 bilhões-R$ 34 bilhões (em termos reais) para 2024-28 e o processo de desalavancagem é adiado.
Além disso, o EV/EBITDA esperado para os próximos 12 meses da CSN é pouco comparado aos múltiplos de valuation da Gerdau e da Usiminas.