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Ecorodovias melhora desempenho e aumenta despesas

O desempenho operacional da Ecorodovias continuou a ser impulsionado por suas concessões recentemente adicionadas e pelo forte crescimento orgânico do tráfego


A Ecorodovias (ECOR3) divulgou um bom resultado no quarto trimestre de 2024, com um EBITDA ajustado de R$1,2 bilhão, +12,3% a/a, +1,7% vs. Safra e +2,2% vs. consenso.

O desempenho operacional da empresa continuou a ser impulsionado por suas concessões recentemente adicionadas e pelo forte crescimento orgânico do tráfego, enquanto os custos de caixa sob controle contribuíram para uma expansão de 12,3% a/a do EBITDA, para R$1,2 bilhão.

Por outro lado, o bom resultado operacional foi parcialmente compensado por um aumento de 43,5% a/a nas despesas financeiras líquidas, impulsionado por um aumento de 19,3% na dívida líquida e maior custo da dívida, levando a uma redução de 33% a/a no lucro líquido.

Safra reitera recomendação de Compra para a Ecorodovias

A empresa está atualmente negociando com uma TIR real de 16,6%, +926bps acima dos títulos brasileiros indexados à inflação de 10 anos (NTN-Bs 2035).

Em resumo, a receita bruta ajustada da empresa cresceu 10,1% a/a para R$1,9 bilhão, principalmente impulsionada pelo aumento de 9,7% a/a nas receitas de pedágio, para R$1,8 bilhões, impulsionado pela concessão recentemente adquirida EcoRioMinas, cuja receita aumentou 25,6%, para R$270 milhões.

Enquanto isso, a receita comparável de pedágio também mostrou uma melhoria sólida (alta de 6,4% a/a), impulsionada pelo crescimento de 3,9% a/a no tráfego comparável, além de um aumento de 3,1% a/a nas tarifas.

O bom resultado de seus pedágios compensou a queda de 50,7% a/a nas receitas do Ecopátio Cubatão, para R$7,7 milhões. O EBITDA ajustado da Ecorodovias atingiu R$1,2 bilhão, alta de 12,3% a/a (+1,7% vs. Safra e +2,2% vs. consenso), enquanto sua margem EBITDA ajustada comparável aumentou 138bps a/a para 73,1%.

O desempenho sólido foi principalmente impulsionado pela boa receita, mas também foi ajudado por custos de caixa controlados, que aumentaram apenas 7,3% a/a (excluindo provisão de impostos no Ecopátio) e cresceram menos que suas receitas.

Os custos de caixa comparáveis (excluindo as concessões recentemente adicionadas e a provisão de impostos) aumentaram 7,8% a/a. O lucro líquido da Ecorodovias atingiu R$207 milhões (-33,3% a/a, -21,9% t/t e -8,9% vs. Safra).

O bom desempenho operacional foi parcialmente acompanhado por um aumento de 43,5% a/a nas despesas financeiras líquidas, para R$539 milhões (versus R$488 milhões do Safra), seguindo o aumento de 19,3% a/a na dívida líquida da empresa, para R$16,0 bilhões, e o maior custo da dívida no período.

Finalmente, a alavancagem da empresa, medida pela dívida líquida/EBITDA, aumentou para 3,4x, de 3,3x no 3T24. A compensação da Ecorodovias pelos investimentos feitos na Eco-101 foi ajustada para R$476 milhões, de R$320 milhões em novembro de 2024.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) divulgou uma atualização sobre o processo de renegociação do contrato da Eco-101, cujo leilão estava agendado para 26 de junho, considerando os novos investimentos feitos na rodovia, que devem ser reembolsados à Ecorodovias no caso de transferência do contrato de concessão para um novo operador.


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