O EBITDA da Energisa (ENGI11), de R$ 1,876 milhão (-7,6% a/a), foi 5,1% abaixo da estimativa do Banco Safra, mas 5,7% acima do consenso do mercado.
O EBITDA divulgado foi afetado por:
- (i) +R$108 milhões do ajuste para inflação da base de ativos regulatórios (VNR) sem impactos em caixa;
- (ii) +R$142mn das margens de construção de transmissão (efeitos IFRS) vs. o número regulatório de R$131 milhões;
- (iii) -R$14 milhões do valor marcado para despesas de mercado no braço de Trading sem impacto em dinheiro; e
- (iv) -R$2,2 milhões de provisões na EAC.
Assim, ajustado por esses fatores, o EBITDA de igual para igual teria chegado a R$1.769 milhões, 5,1% abaixo das estimativas do Safra e em linha com o consenso do mercado.
Os resultados foram pressionados por provisões e custos de pessoal mais elevados do que o previsto.
Avaliação do Banco Safra sobre os resultados da Energisa
Os números da Energisa ficaram ligeiramente abaixo das expectativas do Safra em provisões, principalmente devido aos custos mais elevados do ramo de distribuição (particularmente provisões mais elevadas), apesar do bom desempenho em termos de volume.
Além disso, a taxa de perdas aumentou, uma tendência que o Safra acredita que deve ser monitorada. A empresa também concluiu a aquisição da Infra Gás, que inclui uma participação em cinco distribuidores de gás na região Nordeste, o que o Safra acredita que deverá impulsionar o crescimento da empresa no segmento.
O Safra mantém uma recomendação de Compra da ação da Energisa (ENGI11) por motivos de valuation.