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Exportações de carne sofrem impacto devido ao surto de Newcastle

O safra espera que os volumes de exportação de aves diminuam devido às restrições à exportação resultantes do surto da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul


Daqui pra frente, as exportações de aves serão afetadas por restrições relacionadas ao surto da doença de Newcastle, informa análise setorial do Banco Safra.

O Departamento de Comércio Exterior do Brasil (Secex) divulgou dados para a terceira semana de julho, com o desempenho das aves domésticas abaixo do esperado devido à queda sequencial nos volumes médios diários, enquanto as exportações de carne suína foram o destaque desta semana, já que tanto os volumes médios diários quanto os preços continuaram a melhorar.

O safra espera que os volumes de exportação de aves diminuam devido às restrições à exportação resultantes do surto da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul.

Em relação às exportações, o Safra vê uma tendência favorável para as aves e os suínos devido aos preços mais baixos dos grãos, enquanto os preços mais altos dos bovinos colocam alguma pressão sobre a carne bovina.

Dentre nosso universo de cobertura do Safra, a BRF é a mais exposta às exportações brasileiras de aves e suínos e a Minerva é a mais exposta à carne bovina.

Exportações de carne bovina

O volume médio diário caiu ligeiramente em termos sequenciais, mas os níveis continuam sólidos e melhorando tanto no mês como no ano.

Os volumes médios diários mensais continuam a apresentar um desempenho melhor do que a tendência histórica, o que também aponta para uma melhoria no mês de julho.

No entanto, os preços médios diários não melhoraram sequencialmente e permaneceram em queda de 1% no mês de janeiro (em linha com a média histórica).

Com os preços do gado em alta de 1% no mês de julho (-21% a/a em US$), segundo a Cepea/Esalq, os spreads de carne estão enfrentando alguns ventos contrários, mas ainda estão em níveis favoráveis.

Exportações de aves

Os volumes médios diários continuaram a diminuir significativamente s/s, após uma primeira semana muito forte em julho, com os volumes médios diários mensais apontando para uma queda no mês de julho.

Vale ressaltar que o governo brasileiro suspendeu as exportações de aves para a China e vários outros países devido a um surto da doença de Newcastle, mas como o embargo auto-imposto foi anunciado na última quinta-feira, parece improvável que tenha tido um impacto nos dados da semana passada.

No entanto, o Safra espera que os volumes diminuam significativamente no futuro devido às restrições de exportação.

Em uma nota mais positiva, os preços do milho caíram 4% no mês de julho (-10% ano-a-ano em US$) e os preços da soja caíram 2% no mês de julho (-12% ano-a-ano), levando a proxy de alimentação animal a cair 3% no mês de julho e -11% no ano-a-ano.

Portanto, os preços atuais das exportações apontam para uma tendência positiva dos spreads no futuro, destaca o safra.

Exportações de carne de porco

Os volumes médios diários melhoraram sequencialmente, mostrando um desempenho sólido em julho, com os volumes médios diários mensais até a data melhorando 17% no mês (significativamente acima da tendência histórica média de 5 anos de 1%).

Além disso, os preços continuaram a melhorar e impulsionaram o desempenho mensal, levando a uma leitura positiva para as exportações de carne suína em julho até agora.

O Safra ainda vê spreads de carne de porco favoráveis, considerando que os preços melhoram na direção oposta ao desempenho dos preços dos grãos.


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