Fleury apresentou resultados bastante alinhados nosegundo trimestre de 2024, com aceleração sequencial no crescimento da receita devido em parte a um efeito de calendário, que impulsionou um melhor desempenho dos PSCs e um sólido crescimento no B2B.
As margens mantiveram uma tendência positiva sólida, provavelmente beneficiando da integração bem-sucedida com a Pardini.
Fleury continua sendo um caso sólido com grande execução e forte posicionamento competitivo em um ambiente desafiador para o setor de saúde.
O Banco Safra tem uma classificação neutra por razões de avaliação, mas a ação representa um nome defensivo interessante no setor, na avaliação do banco.
As receitas líquidas pró-forma de R$1.978 milhões estão em linha com nossas estimativas e de consenso (+8% a/a e +4% t/t).
Neste trimestre, a receita da Fleury cresceu 8% no ano na receita líquida pró-forma. As receitas pró-forma da PSC aumentaram 8% no ano, impulsionadas pelo retorno da marca Fleury e outras marcas em São Paulo (+18% no ano), Minas Gerais (+11% no ano) e Rio de Janeiro (+6,9% no ano), que, segundo nossas verificações de canal, estão ganhando participação de mercado.
Apesar da grande melhora sequencial no crescimento e potenciais ganhos de participação de mercado em seu segmento, a marca Fleury continuou a ter um desempenho inferior ao portfólio (crescimento de 6,1% a/a), o que é esperado, considerando seu posicionamento mais maduro e nicho.
Adicionalmente, o Rio de Janeiro registrou um aumento de 6,9% e os Regionais registraram uma diminuição de -4% a/a (impactados pelas tempestades no Rio Grande do Sul).
Em outros lugares, o segmento B2B registrou um sólido crescimento de 13% no final do ano, com uma execução sólida, enquanto o desempenho da New Links (+3,2% no mesmo período) foi prejudicado por condições difíceis devido à aplicação de 3 doses de Zolgensma no 2T23 (excluindo este, o crescimento teria sido de 16,5% no segundo trimestre).
O desempenho foi impulsionado principalmente pelo crescimento das infusões e da oftalmologia. EBITDA pró-forma de R$ 522 milhões (+13% a/a e +1% t/t) veio em +6 vs. a estimativa do Safra e +1% acima do consenso.
A margem bruta proforma atingiu 28,7% no 2T24, +145bps a/a impulsionada por melhorias nos serviços de pessoal e médicos, bem como na ocupação e utilidades.
As despesas de SG&A pró-forma em porcentagem das vendas melhoraram 307bps no ano, principalmente devido a uma significativa redução nas despesas gerais e administrativas (-294bps no ano), impulsionada por sinergias.
Como resultado, o EBITDA ficou em R$522 milhões (+13% a/a, +6% vs. Safra e em linha com o consenso).
Resultado financeiro líquido do Fleury de R$ 101 milhões fica 3% acima da estimativa do Safra
O lucro líquido contábil chegou a R$174 milhões (em linha com a posição do Safra) e o lucro líquido ajustado foi de R$172 milhões (+29% a/a, -6% vs. Safra e +1% vs. consenso).
Geração sólida de FCL; maior desalavancagem t/t
A FLRY apresentou um bom fluxo de caixa livre de R$ 283 milhões, apoiado principalmente pela sólida expansão do EBITDA e pelo menor investimento (-14% no ano e representando 4,9% do ROL vs. 6,1% no 2T23).
Como resultado, a empresa registrou mais uma rodada de desalavancagem com R$192 milhões de dívida líquida menor em R$2.014 milhões, o que implica em uma Dívida Líquida/Ebitda Ajustado de 1,0x (vs. 1,2x no 1T24 e 1,3x há um ano).