A fabricante de freios e autopeças Frasle (FRAS3) apresentou um forte resultado no quarto trimestre de 2024. A receita da empresa se beneficiou da robusta demanda no mercado de reposição, impulsionada pelas fortes vendas de carros usados no mercado doméstico, o que aumentou o número de visitas às oficinas.
Isso, juntamente com a demanda externa suprimida devido aos gargalos logísticos vistos no último trimestre e a valorização do USD (+18% a/a) contra o R$, resultou em aumentos de 6,9% t/t e 49,4% a/a — vale notar que o 4T23 foi impactado pela hiperinflação na Argentina e pela paralisação das operações para a atualização do sistema ERP.
Enquanto isso, a margem EBITDA ajustada da Frasle foi de 19,6% (+636bps a/a, +73bps t/t), superando nossa estimativa em 57bps e o consenso em 292bps.
Essa melhoria foi impulsionada pela maior diluição dos custos fixos como resultado do aumento dos volumes e do maior número de dias úteis no período, bem como iniciativas de produtividade e gestão eficiente de custos.
O lucro líquido da empresa atingiu R$135 milhões, alta de 43,8% a/a, seguindo um desempenho operacional aprimorado que foi mais do que suficiente para compensar o pior resultado financeiro (-94,9% a/a).
O Banco Safra reitera a recomendação de Compra para as ações da Frasle, pois acredita que a empresa continuará a aproveitar sua estratégia bem-sucedida de M&A e a integração da Dacomsa, que deve apoiar sua expansão em novos mercados e novos produtos e oferecer oportunidades de cross-selling que impulsionarão o crescimento orgânico da empresa.