Na quinta-feira, dia 10, após o fechamento do mercado, Randon (RAPT4) e Frasle (FRAS3) divulgaram suas orientações para 2025. Os especialistas do banco Safra apresentaram os seguintes destaques:
Frasle (FRAS3)
- (i) A receita líquida consolidada deve ficar entre R$5,7 bilhões e R$6,1 bilhões (versus estimativa de consenso de R$5,24 bilhões, estimativa do Safra de R$5,96 bilhões, e ponto médio +49% a/a). Os principais impulsionadores de receita são: (a) forte demanda no mercado de reposição, impulsionada por altas vendas de carros usados; (b) capacidade adicional da Fremax entrando em operação no 2T25; e (c) ganhos de participação de mercado nas linhas de produtos de suspensão e direção.
- (ii) Vendas no mercado externo entre US$500 bilhões e US$540 bilhões (ponto médio +100% a/a). O segmento deve se beneficiar da crescente demanda na Argentina e da expansão da empresa em novos mercados como Colômbia e Reino Unido. Os especialistas do Safra também destacam a assinatura de novos contratos OEM na Europa. Além disso, a orientação para o ano completo considera 11 meses e 18 dias de Dacomsa.
- (iii) Margem EBITDA variando de 17% a 21% (versus consenso de 18,8% e estimativa do Safra de 19%, e ponto médio +190bps a/a). A empresa espera preços de venda estáveis, com alguns ajustes de preços ad hoc para compensar a inflação. Os ganhos de sinergia da Dacomsa devem começar a se materializar no 4T25.
- (iv) Capex de R$170 milhões a R$210 milhões (ponto médio +15% a/a). O Capex será direcionado principalmente à expansão da capacidade da planta de Joinville através de investimentos na subestação de energia e novos equipamentos. Além disso, recursos serão alocados para automatizar o centro de distribuição em Extrema (MG).
O Banco Safra avalia isso como uma orientação sólida, com o ponto médio da receita acima das estimativas de consenso (estando mais próximo do topo da faixa de orientação). Por outro lado, tanto a margem estimada pelo Safra quanto as estimativas de consenso estão no ponto médio da faixa de orientação.
Randon
- (i) Receita líquida consolidada entre R$13 bilhões e R$14,5 bilhões (versus consenso de R$14,6 bilhões, estimativa do Safra de R$15,4 bilhões, e ponto médio +15% a/a). Os principais impulsionadores de receita incluem: (a) demanda fraca por reboques, apesar da forte produção de grãos, devido a um ambiente macroeconômico desafiador; (b) crescimento no mercado de reposição para veículos leves e pesados nos mercados doméstico e externo; (c) volumes sólidos de autopeças para OEMs, apoiados por um mercado estável de veículos comerciais; e (d) novas fontes de receita provenientes de aquisições recentes (principalmente AXN e EBS).
- (ii) Vendas no mercado externo de US$730 bilhões a US$770 bilhões (ponto médio +71% a/a). A empresa espera crescimento na América do Norte, particularmente em Autopeças e Reboques nos EUA. Com receitas adicionais provenientes das recém-adquiridas Dacomsa, EBS e AXN. Enquanto isso, a Randon espera uma recuperação gradual no mercado da América Latina.
- (iii) Margem EBITDA variando de 13% a 15% (versus consenso de 14,7% e estimativa do safra de 15%, ponto médio +40bps a/a). A Randon destaca a mistura desfavorável de reboques no Brasil, refletindo a demanda mais fraca do agronegócio, juntamente com impacto moderado da inflação de custos. Além disso, as aquisições devem aumentar as despesas de SG&A à medida que a empresa intensifica a integração de negócios e novas plantas.
- (iii) Capex de R$440 milhões a R$500 milhões (ponto médio -2% a/a). A orientação considera investimentos destinados à expansão de capacidade, eficiência operacional em várias fábricas e conclusão de novas plantas e operações. No entanto, não incorpora despesas relacionadas à integração de capital e capex inorgânico. O Banco Safra vê isso como negativo, com o ponto médio abaixo das estimativas de consenso e previsão do Safra, o que pode desencadear revisões negativas durante o ano.