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Frigoríficos devem ter trimestre positivo

Safra espera desempenho positivo para os segmentos de aves e suínos, com queda de custos e preço elevado de carnes


Para os frigoríficos, o Banco Safra espera resultados mistos no primeiro trimestre de 2024, já que os preços dos grãos e do gado permanecem favoráveis na Região Sul e as margens da carne bovina nos EUA continuam pressionadas pelos elevados preços do gado.

Portanto, o Safra espera um melhor desempenho para os segmentos de aves e suínos.

A BRF deve apresentar os resultados mais positivos, seguida pela JBS, devido ao seu portfólio diversificado, e pela Marfrig, que deve se beneficiar dos resultados da BRF e do sólido desempenho na América do Sul.

Já Minerva deve ser o pior entre os players listados, pressionado pelos preços da carne bovina, embora os custos dos insumos devam continuar a beneficiar suas margens consolidadas.

BRFS3: A sólida demanda global de aves, juntamente com os preços favoráveis dos grãos, deve levar a um trimestre positivo. Os preços mais baixos dos grãos devem continuar a beneficiar os resultados do 1T24 no Brasil e no segmento Internacional, já que esperamos um sólido crescimento da receita com alguma melhora no CMV. Esperamos que o segmento internacional seja o destaque positivo, impulsionado por uma demanda sólida da Ásia e um melhor desempenho no Oriente Médio. Adicionalmente, os conflitos no Oriente Médio prejudicaram as importações de carne em algumas regiões, o que levou a BRF a um ganho de market share graças à sua produção local. Esperamos uma receita líquida de R$13.541 milhões (+3% A/A e -6% T/T), com um EBITDA ajustado de R$1.703 milhões (+181% A/A) e margem de 12,6% (+797bps A/A).

BEEF3: Desempenho misto entre regiões. A Minerva deverá registar um crescimento sólido do volume de negócios, impulsionado pelo desempenho no Brasil e no Uruguai, embora o desempenho na Colômbia deva prejudicar os resultados. A oferta de gado no Brasil permanece favorável, o que deve ser favorável para o CMV, mas os preços médios da carne bovina devem levar a uma tendência semelhante e, portanto, esperamos alguma expansão de margem A/A, mas deterioração sequencial. A receita líquida deve ficar em R$6.616 milhões (+4% A/A e +7% T/T), com um EBITDA ajustado de R$569 milhões (+7% A/A e -8% T/T) e margem EBITDA ajustada de 8,6% (+30bps A/A e -139bps T/T).

JBSS3: Persiste o cenário difícil no segmento de carne bovina nos EUA, parcialmente compensado por outras regiões. Esperamos margens apertadas no segmento de carne bovina nos EUA (margem EBITDA ajustada de -0,5%, -92bps ano a ano), devido à oferta limitada de gado, embora o volume de negócios deva continuar a crescer devido à sólida procura. Na Austrália, a oferta favorável de gado deve continuar a beneficiar a margem da BU, com um EBITDA ajustado de R$721 milhões (revertendo dos -R$18 milhões no 1T23, margem EBITDA ajustada de 10,0%). Para a carne suína nos EUA, a JBS deve se beneficiar dos menores preços dos grãos, com os preços dos suínos se normalizando e levando a uma margem EBITDA ajustada de 9,5% (+703bps A/A). A Pilgrim’s Pride (PPC) já reportou resultados sólidos e construtivos. Além disso, esperamos que a JBS Brasil apresente uma ligeira melhoria de 157bps na margem EBITDA ajustada para 4,0%, uma vez que a oferta de gado permanece favorável no Brasil. Por fim, a Seara deverá registar uma melhoria sequencial, impulsionada pelos preços mais baixos dos cereais e pelo forte desempenho dos volumes, levando a uma margem EBITDA ajustada de 10,0% (+858bps A/A).

MRFG3: A América do Sul deverá continuar a ser o destaque do trimestre. Esperamos uma margem EBITDA ajustada de 2,0% na América do Norte, -193bps em comparação anual, uma vez que os elevados custos dos fatores de produção continuam a pressionar as margens. A América do Sul deve continuar a entregar margens robustas de 8,0% (ainda -235bps T/T), atribuíveis à demanda ainda sólida e aos menores preços do gado. Excluindo o negócio da BRF, a Marfrig deve apresentar uma receita líquida de R$19.045 milhões (+2% A/A), com EBITDA ajustado de R$648 milhões (-22% A/A) e margem EBITDA ajustada de 3,4% (-108bps A/A).

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