O Departamento de Comércio Exterior do Brasil (Secex) divulgou dados para a segunda semana de setembro com desempenho sólido em volume para todas as três proteínas, embora a carne bovina tenha recuado ligeiramente s/s. Os preços, por outro lado, estão apresentando desempenho misto.
As aves e os suínos estão perto de suas máximas de cinco anos, embora os preços das aves estejam em queda desde então.
Os preços da carne bovina têm ficado em grande parte estáveis versus ano passado. Além disso, com os custos de insumos superando os preços de exportação de carne nas últimas semanas, há uma crescente possibilidade de spreads se estreitarem sequencialmente no futuro (tudo o resto é igual, observando que um mix diferente pode interferir nos spreads), embora
as aves e os suínos demorassem de 6 a 12 meses para serem impactados devido ao consumo do estoque de grãos e ao ciclo de vida dos animais.
Este é um risco a ser monitorado, mas continuamos prevendo margens saudáveis e um equilíbrio sólido entre oferta e
demanda para as empresas de embalagem de carne. A BRF é a mais exposta às exportações brasileiras de aves e suínos, enquanto a Minerva é a mais exposta às exportações de carne bovina.
Exportações de carne bovina
Volumes médios diários retraindo s/s (embora ainda esteja melhorando significativamente no mês de janeiro e no ano de julho). Enquanto isso, os preços médios melhoraram s/s, levando a preços de m/m estáveis até agora em setembro.
Embora ainda falte meio mês, as tendências atuais de volume apontam para exportações sólidas de carne bovina no mês,
com os preços ainda laterais.
Em uma nota mais negativa, os preços do gado (+3% no mês de janeiro e +2% no ano, ambos em USD) subiram sequencialmente por algumas semanas e continuam a superar os preços da carne bovina exportada, o que indica um
possível aperto das margens no futuro.
Exportações de aves
Os volumes diários médios foram sólidos, melhorando a s/s e recuperando-se do fraco desempenho no mês passado.
Embora o preço médio tenha melhorado em s/s, ele permanece significativamente baixo no mês de janeiro, compensando
parcialmente as receitas de exportação do período mensal em setembro.
Portanto, continuamos a ver os preços de exportação de aves em relação ao desempenho dos preços de grãos neste mês, que vem aumentando gradualmente semanalmente.
O preço médio ponderado do milho e da soja subiu 4% no mês de janeiro (-7% em relação ao ano anterior em dólares, +2% no mês de julho para o milho e +5% no mês de julho para a soja).
Se esta tendência persistir, devemos esperar spreads sequencialmente mais apertados no futuro.
Exportações de carne de porco
Os volumes médios diários melhoraram s/s, mantendo um desempenho bastante bom tanto no mês como no ano.
Enquanto isso, os preços médios retornaram s/s, levando a um desempenho inferior aos preços de grãos até agora este mês (considerando os mesmos critérios dos preços médios ponderados de grãos mencionados nas exportações de aves), o que
também pode indicar um possível aperto sequencial dos spreads de carne de porco no futuro, se a tendência atual continuar.
