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Hapvida: sinistralidade em queda impulsiona resultados

Hapvida reporta números sólidos no primeiro trimestre de 2024, com índice de sinistralidade melhor que o esperado


O EBITDA ajustado da Hapvida superou a estimativa do Safra em 18% e o consenso em 8%. A empresa reportou números sólidos no primeiro trimestre de 2024, com receitas em linha, uma batida no EBITDA e no EPS.

Apesar de uma receita em linha, a melhoria da sinistralidade superou nossos números e a perda de membros abaixo do esperado foi a cereja do bolo, mesmo com os aumentos de preços e a crescente verticalização.

Em suma, vemos os números do 1T24 como construtivos para a tese de investimento, com melhorias significativas na sinistralidade, na margem EBITDA, no lucro líquido, no fluxo de caixa livre, na alavancagem e no capital regulatório.

Temos uma recomendação de Compra para a HAPV3 e mantemos o status de melhor escolha da ação entre nossa cobertura de saúde, já que a batida do 1T24 abre espaço para possíveis revisões de lucros para cima.

A receita líquida foi de R$6,991 bilhões (+4% em relação ao ano anterior, +1% em relação ao trimestre anterior e em linha com nossas estimativas).

A perda líquida de associados no segmento de saúde foi melhor do que nossa previsão e, combinada com preços médios mais altos, a receita líquida ficou em linha com nossas estimativas.

A Hapvida reportou uma perda líquida consolidada de 11 mil membros no segmento de saúde, melhor do que nossa expectativa de 74 mil (a Hapvida tinha 67 mil membros a mais do que o número reportado pela ANS).

O tíquete médio dos planos de saúde ficou apenas 1% acima de nossa previsão, aumentando 11% em relação ao ano anterior, para R$ 261 (+11,4% de preço e -0,8% de mix). A sinistralidade caixa atingiu 68,0% no 1T24 (+133bps T/Te +430bps A/A), 204bps melhor do que nossa estimativa.

A sinistralidade caixa superou significativamente nossa previsão em 204bps devido aos impactos acima do esperado de:

  • (i) aumentos de preços,
  • (ii) iniciativas de controle de custos,
  • (iii) padronização de protocolos e
  • (iv) maior verticalização (a verticalização de internações em HMO aumentou 290bps em relação ao ano anterior; consultas, +590bps; e exames, +10 bps).

As despesas SG&A representaram 23,9% da receita líquida (-17bps em relação ao ano anterior e -40bps em relação ao trimestre anterior), 62bps abaixo de nossa estimativa.

As despesas relacionadas a opções e concessões de ações somaram R$42 milhões positivos no 1T24, revertendo a despesa de R$21 milhões registrada no 4T23 referente à remuneração variável relacionada a funcionários que não fazem mais parte da empresa e ao atingimento parcial de metas.

Além disso, a empresa registrou R$12 milhões em outras receitas operacionais (-42% vs. nossa previsão). O EBITDA ajustado, de acordo com os critérios do Safra, atingiu R$970 milhões no 1T24, 18% acima da nossa estimativa e 8% acima do consenso.

Por fim, o resultado final reportado foi um lucro líquido de R$83 milhões vs. nossa previsão de R$61 milhões.

Excluindo as despesas de amortização relacionadas aos portfólios de empresas adquiridas e ajustando-as para itens não recorrentes, o lucro líquido ajustado foi de R$335 milhões (vs. nossa previsão de R$291 milhões).

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