A Hapvida reportou outra rodada de números sólidos no segundo trimestre de 2024, impulsionados por uma redução consistente de sinistralidade em relação ao ano anterior, em grande parte em linha com as expectativas, e as despesas com vendas, gerais e administrativas foram mantidas sob controle.
Em suma, o Banco Safra vê os números do 2T24 como construtivos para a tese de investimento, com melhorias significativas em sinistralidade, margem EBITDA, fluxo de caixa livre e alavancagem.
O Banco Safra tem recomendação de Compra em HAPV3 e mantém o status de primeira escolha na cobertura de saúde, já que o 2T24 marca outro marco de redução de risco para a tese de investimento e abre espaço para possíveis revisões positivas de lucro.
A receita líquida foi de R$ 7.150 milhões (5% A/a, 2% T/t e em linha com a estimativa do Safra)
A Hapvida reportou um prejuízo líquido consolidado de -13 mil associados no segmento de saúde, melhor do que a expectativa do Safra de -38 mil (a Hapvida teve 2 mil associados a mais que o informado pela ANS).
O ticket médio dos planos de saúde veio em linha com as expectativas do Safra, aumentando 9% A/a para R$267 (9,6% em preço e -0,5% em mix).
A sinistralidade Caixa atingiu 70,5% no 2T24 (345bps T/t e -250bps A/a), estritamente em linha com estimativa do Safra.
A sinistralidade caixa ficou em linha com a estimativa do Safra. Essa melhoria significativa em relação ao ano anterior se deve às estratégias bemsucedidas de aumento de preços iniciadas em 2023, combinadas com iniciativas de controle de custos, padronização de protocolos e maior verticalização. A piora trimestral se deve à sazonalidade e era amplamente esperada.
As despesas gerais, administrativas e com vendas caixa representaram 16,7% da receita líquida (melhor de 24 bps na comparação anual e 110 bps melhor no trimestre) e foram 82 bps melhores do que a estimativa do Safra.
As despesas com opções de ações e outorga de ações totalizaram R$ 30 milhões no 2T24, mantendo a tendência do último trimestre. Além disso, a companhia registrou R$ 26 milhões em outras receitas operacionais (+22% vs. projeção do Safra).
O EBITDA ajustado atingiu R$ 958 milhões no 2T24, +11% acima da estimativa do Safra e 19% acima do consenso. Por fim, o resultado final reportado foi um lucro líquido de R$ 90 milhões contra a previsão do Safrade R$ 111 milhões.
Excluindo as despesas de amortização relacionadas às carteiras das empresas adquiridas e ajustando-as para itens extraordinários (todos após impostos), o lucro líquido ajustado foi de R$ 318 milhões (contra a previsão do Safra de R$ 316 milhões).
Melhoria do capital de giro e solvência no trimestre. A relação dívida líquida ajustada/EBITDA (excluindo caixa restrito) melhorou no trimestre para 1,8x (de 2,0x no 1T24), com uma dívida líquida ajustada de R$ 6.294 milhões (vs. R$ 6.127 milhões no 1T24), principalmente devido ao ajuste.
Melhoria do EBITDA. Vale destacar também que a Hapvida reportou excesso de solvência de R$ 3.137 milhões no 2T24 (ante R$ 1.923 milhões no 1T24).
Além disso, o capital de giro permaneceu praticamente inalterado, uma vez que o Safra vê uma ligeira deterioração nos dias de estoque, enquanto os dias de contas a receber e os dias de contas a pagar ficaram estáveis em termos trimestrais. Com isso, a geração de fluxo de caixa livre atingiu R$ 346 milhões no trimestre.