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JSL tem margem prejudicada por aumento de custos

Safra espera que os resultados da JSL melhorem no 2S24 e suas margens de EBITDA se recuperem para o nível visto no ano passado


A JSL de logística apresentou um resultado ligeiramente negativo no 2T24. O EBITDA ajustado da empresa aumentou 11% em relação ao mesmo período, mas permaneceu 3,2% e 5,8% abaixo da estimativa do Safra e do consenso, respectivamente, enquanto sua margem de EBITDA caiu 0,9 pontos percentuais em relação ao mesmo período, um desempenho explicado principalmente pelos custos relacionados à implementação de novos projetos que se concentraram no trimestre.

Após o aumento desses projetos, o Safra espera que os resultados da JSL melhorem no 2S24 e suas margens de EBITDA se recuperem para o nível visto no ano passado, de ~20%.

Safra mantém a recomendação de Compra para JSL

A receita líquida da empresa aumentou 16,5% no ano para R$ 2,1 bilhões, impulsionada por um crescimento orgânico de 13% no ano e pela consolidação da FSJ Logística (adquirida em agosto de 2023), mas foi parcialmente compensada pela queda de 30% na receita da IC Transportes após o término de contratos não rentáveis.

O Safra destaca os seguintes pontos no balanço da JSL:

  • (i) aumento de 19% no ano de serviços de transporte de carga, com bom desempenho impulsionado pela aquisição da FSJ;
  • (ii) aumento de 25% no ano das operações de armazenagem, refletindo os novos contratos implementados nos últimos 12 meses;
  • (iii) um aumento de 11% no ano de receitas de operações dedicadas, impulsionado por novos contratos no segmento de celulose e papel e pelo aumento da demanda do setor automotivo;
  • (iv) um aumento de 11% no ano de serviços de distribuição urbana, impulsionado pelas operações da Fadel e JSL; e
  • (v) um aumento de 15% em suas receitas com vendas de ativos.

O EBITDA ajustado da JSL atingiu R$398mn (+11% a/a, -1,2% t/t e -3,2% vs. Safra). Os custos consolidados da JSL aumentaram 17% no ano para R$ 1,8 bilhão, enquanto as despesas com SG&A ajustadas aumentaram 62% no ano para R$ 129 milhões.

Taxa de crescimento anual aumentou

A margem de EBITDA caiu 0,9pps a/a para 18,6% (-87bps t/t e -33bps vs. Safra), pois os custos relacionados à implementação de novos projetos, incluindo um importante projeto no segmento de celulose e papel e dois novos
projetos da Fadel, um deles no exterior, no Gana- foram concentrados no trimestre.

O lucro líquido ajustado da empresa atingiu R$ 25 milhões (+21% no ano, mas -27,9% vs. Safra). O aumento do Ano de 2018 foi principalmente explicado pelo menor pagamento de impostos no período, mas foi parcialmente compensado por um aumento de 11,7% dos gastos financeiros da JSL para R$ 248 milhões, impulsionado por um aumento de 23% na sua dívida líquida para R$ 5,4 bilhões, embora atenuado por uma redução de 1,6% no seu valor pós-custo fiscal da dívida.

Além disso, o resultado financeiro também foi afetado negativamente por um descompasso entre o período de emissão da dívida (fevereiro) e pagamento (junho) para refinanciar sua dívida, aumentando o custo recorrente de carrego da dívida da JSL no 2T24. Finalmente, a alavancagem da empresa medida pelo seu índice dívida líquida/EBITDA aumentou para 3,0x, de 2,7x no 1T24. Excluindo os ganhos não recorrentes reconhecidos na aquisição da IC Transportes e uma provisão relacionada ao “Sistema S”, a alavancagem da empresa teria atingido 3,3x, de 3,1x no 1T24.


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