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Klabin: cenário construtivo começa a se materializar

O Banco Safra prevê um EBITDA de R$ 7,8 bilhões para a Klabin em 2024, 9% acima da estimativa anterior


O Banco Safra atualizou a recomendação da Klabin para Neutra, pois acredita que a força dos ganhos e o porte decente não justificam um desempenho inferior. As ações da Klabin caíram cerca de 9% desde o início da cobertura do banco no início de abril.

O Safra vê os resultados da Klabin beneficiarem-se dos seguintes ventos favoráveis:

  • (i) aumentos de preços em kraft e em cartão revestido, e preços de celulose (principalmente na Europa) sendo resilientes por mais tempo;
  • (ii) custo total de caixa por tonelada sob controle; e
  • (iii) um R$ mais fraco.

O Safra mencionou em seu início de cobertura em Papel e Celulose que essas eram as razões pelas quais poderia ser mais positivo no case de investimento da Klabin, uma vez que já antecipava preços de celulose mais baixos (por exemplo, ~US$620/t médio. BHKP em 2S24 vs. um spot de US$647,5/t na China).

Agora o Safra considera que uma recomendação de Venda é imerecida. O Banco introduziu um novo Preço Alvo de 12 meses de R$ 23,9/unidade (16% de aumento) e atualizou a Klabin para neutro.

No entanto, continua a encontrar uma melhor recompensa de risco em Suzano devido aos seus múltiplos mais baratos e
desalavancagem mais rápida mesmo com os preços da celulose a ~600 US$/t.

Melhoria das perspectivas de ganhos: atualização das estimativas

O Safra prevê um EBITDA de R$ 7,8 bilhões para a Klabin em 2024, 9% acima da estimativa anterior e em linha com o consenso do Visible Alpha.

Para 2025, o Safra prevê um EBITDA de R$ 8,3 bilhões, 4% acima da previsão anterior e 1% acima do consenso do VA.

Em resumo, as estimativas mais elevadas do Safra são baseadas em:

(i) preços realizados mais elevados em BRL-ajudados por preços internacionais mais altos e um BRL mais fraco; e

(ii) manutenção do custo total de caixa por tonelada (ou seja, todos os custos e despesas ex manutenção antes do EBITDA) em níveis abaixo de R$ 3.000/t.

O banco diz gostar da história de crescimento do EBITDA da empresa (por exemplo, ~11% CAGR em 2023-27E) e um pico potencial de alavancagem no 3T24, e elogia o fato de que os resultados mais altos nos negócios de papel e
embalagens poderiam compensar os resultados mais baixos em celulose, como as tendências de commodities para baixo de seu pico.

O banco estabeleceu um novo preço alvo de 12 meses, de R$23,9/ação, com base em um valuation do DCF, acima do preço-alvo anterior de R$23,00/ação (ajustado para ações bônus emitidas). Também elevou o preço-alvo principalmente em números operacionais mais altos, que incluem preços de papel e volumes de vendas mais altos a longo prazo.

O banco usou um custo de capital de 14,3% e um WACC de 11,0% (acima de 14% e 10,8%, respectivamente, conforme atualizou os componentes do Ke). Isso implica um aumento de ~16% no DCF e nos índices EV/EBITDA de 7,4x e 6,8x para 2024E e 2025E, respectivamente. Os valuations são decentes, especialmente quando nos voltamos para 2025. Klabin negocia em 7,4x EV/EBITDA em 2024E, o que parece “ok” em comparação com seu EV/EBITDA de ~7,7X nos últimos 5 anos.

O banco nota que os múltiplos de 2024 não incorporam um ano completo de resultados do Puma II e da Figueira e o custo total dos benefícios da aquisição do Caetê, mas incluem os respectivos custos de capex e aquisição.

Em 2025, a negociação da Klabin com EV/EBITDA de 6,8x sob a estimativa do Safra de EBITDA também parece melhor em relação aos pares globais de papel e embalagens (prêmio de 1% vs. prêmio médio de 5 anos de 6%), mas não tanto em relação à Suzano (prêmio de 34% vs. média de 5 anos de 18%), mesmo levando em consideração o crescimento
previsto do EBITDA de ~14% no ano.


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