A Lojas Renner reportou resultados neutros, com crescimento da receita líquida total de 5% em relação ao ano anterior, para R$2,9 bilhões, apenas 1% abaixo da estimativa dos especialistas do Banco Safra.
No lado do varejo, as vendas aumentaram 8% em relação ao ano anterior e em linha com nossa estimativa, principalmente devido ao aumento do volume de vendas em vez de preços.
O crescimento do SSS de 7,2% em relação ao 4T23, de 6,3%, acelerou, explicado por uma melhor execução no período de entressafra. Em termos de margem bruta, uma combinação de maior estabilidade de custos e taxas de câmbio e boa aceitação da coleção levou a uma expansão da margem bruta de 40bps em relação ao ano anterior para 54,5%, apesar das pressões de impostos mais altos sobre as vendas.
O EBITDA do varejo cresceu 26% ano a ano, atingindo R$282 milhões (-4% vs. estimativas do Safra), com margem de 11% (+166 pontos-base ano a ano), apoiado por maiores eficiências nas despesas de SG&A.
Quanto à Realize, a carteira de crédito caiu 7% em relação ao ano anterior, próximo aos números vistos em nosso rastreador de dados do BCB, devido a uma política de crédito mais rígida.
As dívidas passadas acima de 90D continuaram em uma tendência positiva, com uma queda de +260bps em relação ao ano anterior, o que levou a uma impressão positiva no EBITDA da Realize de R$13 milhões contra nossa estimativa de -R$1 milhão.
Vemos essa melhora como um ponto de inflexão em termos de P&L e saudamos o resultado melhor do que o esperado. O lucro líquido foi de R$139 milhões, acima de nossa estimativa de R$46 milhões, devido a créditos tributários, maiores receitas financeiras e menor imposto de renda.
A Renner continua a ter um balanço sólido, com uma posição de caixa líquido de R$1,8 bilhão vs. R$1,6 bilhão no 1T23.