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Odontoprev tem resultados abaixo do esperado

Safra mantém a recomendação de venda para ODPV3, pois acredita que o valuation atual já reflete os fundamentos da ação e a perda de lucros não é propícia para revisões de ganhos


Lucro por ação ajustado chegou a R$ 0,22, +8% a/a, 8% abaixo do Safra e +2% vs. consenso. Apesar das adições líquidas sólidas de 138 mil membros, a Odontoprev apresentou resultados de lucro mais fracos do que o esperado no segundo trimestre de 2024, devido à menor margem de EBITDA no ano passado.

Em uma nota positiva, a marca Bradesco Dental representou 49% do portfólio, já que a empresa continua alavancando sua parceria com a Bradesco para expandir-se no canal bancário mais rentável.

Em suma, o Safra mantém a recomendação de venda para ODPV3, pois acredita que o valuation atual já reflete os fundamentos da ação e a perda de lucros não é propícia para revisões de ganhos positivos.

Receita líquida de R$ 558 milhões, +6% a/a, +1% t/t e +1% vs. consenso.

A Odontoprev registrou receita líquida de R$ 551 milhões (1% abaixo das estimativas do Safra) devido a um ticket médio menor que o esperado (1% abaixo da estimativa), mas com adições líquidas fortes de 138 mil (+169 mil Corporativo, -26 mil PME e -5 mil Individual), que superaram a previsão de 131 mil.

Nesse sentido, vale ressaltar que houve uma reclassificação de 68 mil integrantes da marca OdontoSystem que antes eram classificadas como PME e agora estão no segmento corporativo.

Além disso, a provisão para contas duvidosas manteve o bom desempenho do último trimestre e apresentou uma melhoria de 78bps no ano devido à maior participação do canal bancário na carteira de planos em massa.

Assim, o canal bancário representa 49% do portfólio total (43% no segmento corporativo, 75% dos membros das PME e 44% do total de planos individuais). DLR de -40,8% (601bps melhor t/t, +39bps a/a) veio em 17bps melhor do que a estimativa do Safra.

O DLR do segmento Corporate ficou em -52,1% (+15bps a/a e 148bps melhor que a estimativa do Safra), enquanto o DLR do segmento SME ficou em -28,9% (+11bps a/a e +105bps vs. Safra) e o do segmento individual ficou em -19,3% (-14bps a/a e +404bps vs. Safra).

As despesas de SG&A como porcentagem das vendas pioraram 55bps a/a para 25,8% (24bps melhor do que a estimativa do safra), devido a maiores despesas de venda.

Apesar de a maioria das linhas operacionais estarem bastante alinhadas conosco, outros resultados operacionais (que incluem participação nos lucros, plano de remuneração de longo prazo, entre outros) foram superiores ao esperado e, como resultado, o EBITDA ajustado atingiu R$ 160 milhões (-7% vs. a previsão do Safra e +1% a/a), com uma margem de EBITDA ajustado de 28,6% (-126bps a/a e -186bps vs. a previsão do safra).

Resultado financeiro líquido de R$ 25 milhões (+9% a/a e -13% vs. Safra) e taxa de imposto sobre o rendimento de 29,9% (contra a previsão do Safra de 29%), resultando em lucro líquido ajustado de R$ 122 milhões (+4% a/a e -8% inferior à estimativa do Safra), com margem líquida ajustada de 21,9% (+42bps a/a e -174bps vs. a estimativa do Banco Safra).


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