A Odontoprev apresentou resultados do primeiro trimestre de 2024 mais fracos do que o esperado, devido a uma margem bruta menor.
As adições líquidas foram positivas, impulsionadas pelo segmento de PMEs, embora o segmento corporativo tenha registado uma perda líquida na marca Bradesco Dental.
Ainda assim, a marca Bradesco continua sendo a maior marca da Odontoprev, representando 49% do portfólio.
Em suma, o Banco Safra mantém a recomendação de Venda em ODPV3, pois acredita que a avaliação atual já reflete os fundamentos da ação e a perda de ganhos não é propícia para revisões de ganhos positivos.
Receita líquida de R$551mn, +5% em relação ao ano anterior, +1% em relação ao trimestre anterior e -1% em relação ao consenso.
A Odontoprev reportou receita líquida de R$551 milhões (1% abaixo de nossas estimativas) devido a um ticket médio abaixo do esperado (2% abaixo de nossa estimativa). Por outro lado, as adições líquidas totalizaram 16 mil membros neste trimestre, apesar da perda líquida de -3 mil membros no segmento corporativo, principalmente devido ao cancelamento de um grande contrato com a marca Bradesco Dental.
Ainda assim, o canal bancário continua representando 49% da carteira total (43% no segmento empresarial, 75% do segmento PME e 46% do total de planos individuais).
Já os segmentos PME e individual registraram adições líquidas de 13 mil e 7 mil, respetivamente. A DLR de -34,8% (-74bps em relação ao ano anterior e 556bps melhor em relação ao trimestre anterior) ficou 19bps abaixo da nossa estimativa.
A DLR do segmento de Empresas foi de -44,4% (+42pb em relação ao ano anterior e 97pb abaixo da nossa estimativa), enquanto a DLR do segmento de PMEs foi de -24,1% (+15pb em relação ao ano anterior e +36pb em relação ao Safra) e a do segmento de particulares foi de -19,3% (-233pb em relação ao ano anterior e +415pb em relação ao Safra).
Adicionalmente, uma reversão de provisões IBNR abaixo do esperado (abaixo das reversões típicas em 1Ts) levou a uma surpresa negativa na margem bruta. O SG&A como percentual das vendas deteriorou-se 165 pontos-base em relação ao ano anterior, para 24,7% (76 pontos-base melhor do que nossa estimativa), devido ao aumento das despesas G&A – mais especificamente, devido a um aumento nas despesas com serviços de terceiros.
Como resultado, o EBITDA ajustado (excluindo reversão de ANS de R$5 milhões) foi de R$202 milhões (-4% vs. nossa previsão e -3% em relação ao ano anterior), com uma margem EBITDA ajustada de 36,7% (-305 pontos-base vs. ano anterior e -120 pontos-base vs. nossa previsão).
Os resultados financeiros líquidos foram de R$30 milhões (9% vs. 1S14) e a taxa de imposto sobre o rendimento foi de 30,5% (vs. a nossa previsão de 28,8%), levando a um resultado líquido ajustado de R$151 milhões (-6% vs. 1S14 e -2% abaixo das nossas estimativas), com uma margem líquida de 27,3% (-316 pontos base vs. 1S14).