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Ação do Pagbank sobe 27% antes do lucro recorde

O PagBank registrou outro lucro líquido sem precedentes, atingindo R$ 542 milhões, com alta de 31% na comparação anual; confira a análise do Safra


O Pagbank apresentou resultados sólidos no segundo trimestre, embora bem antecipados pelo desempenho recente das ações, segundo análise dos especialistas do Banco Safra. PAGS apresentou resultados GAAP (Generally Accepted Accounting Principles) em linha com a estimativa do Safra, em R$ 505 milhões (BVR de R$ 1,56), embora com um build-up diferente, com volumes e gastos mais fortes.

A empresa também divulgou um novo guidance, com volumes mais fortes, mas uma tímida revisão de resultados. Na avaliação do Safra, e em linha com o discurso da gerência, isso se explica por menores margens de lucro bruto do LMEC
(crescimento de volume de 50% no ano) e também por maiores despesas devido a investimentos em força de vendas e capacidade.

Como tal, com a nova previsão de lucro líquido de R$ 2,1 bilhões – R$ 2,2 bilhões, o Safra não vê risco de subida para a projeção de lucro líquido de R$2,19 bilhões em 2024 no momento.

Dado que as ações subiram +27% desde julho, o Safra acredita que o impulso positivo da empresa já está precificado e o banco não espera uma reação positiva na Bolsa.

Resultados do Pagbank no segundo trimestre

O PagBank registrou outro lucro líquido sem precedentes (não-GAAP), atingindo R$ 542 milhões, com alta de 31% na comparação anual (1% acima da estimativa do Banco Safra e 3% acima do consenso).

Em uma visão GAAP, o lucro líquido foi de R$ 504 milhões, em linha com o número do Safra e com expansão de 31% em comparação ao mesmo período do ano passado.

No lado positivo, o Safra destaca a receita líquida de R$ 4,6 bilhões, ,5% acima da estimativa e +19% ao ano, que foi beneficiado pelo forte TPV no trimestre, que aumentou 34% ao ano para R$ 124,4bilhões (+7% acima da nossa estimativa e 9% acima do consenso).

O Safra destaca o crescimento do TPV do LMEC (+50% a/a), já que os pagamentos online e o PIX contribuíram para o desempenho.

A divisão bancária também apresentou um desempenho positivo, com receita total de R$ 434 milhões, crescendo 41% no ano, impulsionado pelo desempenho tanto do cash-in (+52% no ano) quanto do crescimento dos depósitos (+87% no ano), levando a ativos com maior rendimento.

No lado negativo, os custos e despesas foram superiores às estimativas do Safra, levando o lucro antes de impostos a ficar 5% abaixo da estimativa.

Lucro Líquido em linha com a estimativa, devido aos impostos mais baixos no trimestre.

Visão operacional: no negócio de pagamentos, o TPV total do PagBank foi de R$ 124,4 bilhões, um aumento de 34% na comparação anual.

Em termos gerais, o TPV do MSMB aumentou 28% no ano, enquanto o segmento de Grandes Comerciantes, Comércio Eletrônico e Cross-Border (LMEC) apresentou um forte crescimento de +50% no mesmo período.

No setor bancário, os depósitos totais atingiram R$ 34,2 bilhões (+87% a/a), com o cash-in crescendo 52% a/a para R$ 76,4 bilhões e clientes ativos em 17,3 milhões (+800 mil adições líquidas nos últimos 12 meses).

A carteira de crédito continua crescendo impulsionada por produtos garantidos (agora em 80% do total da carteira), totalizando R$ 2,9 bilhões no trimestre (+11% a/a).

Consequentemente, a relação de 90 dias manteve sua tendência descendente, situando-se em 3,2% (de 4,5% no último trimestre).

Guidance revisto

Pagbank revisou seu guidance para TPV para uma faixa entre R$ 480 bilhões e R$ 505 bilhões (9,7% maior que a
metade da orientação anterior) e D&A + write-offs de POS para uma faixa de R$ 1,7 bilhão a R$ 1,8 bilhão (10% menor que a metade da faixa anterior).

Apesar do aumento de 10% nos volumes e da baixa D&A, guidance para o lucro líquido (não-GAAP) foi revisada em apenas +2,4% no meio do período, agora esperado entre R$ 2,1 bilhões e R$ 2,2 bilhões.


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