A Panvel apresentou resultados em linha com as expectativas, com sólido crescimento no varejo (+11% a/a e em linha com o projetado pelo Safra), com desempenho mais fraco do atacado devido aos impactos da inundação no Rio Grande do Sul em seu centro de distribuição.
O EBITDA ajustado de R$ 49 milhões foi consistente com números do Safra, com uma queda de margem de 95 bps no ano devido à menor alavancagem operacional resultante do crescimento mais fraco das vendas.
A empresa aumentou sua participação de mercado na Região Sul em 10 bps a/a para 11,9%, como resultado da expansão da sua presença e do crescimento das Vendas de Mesmas Lojas.
O lucro líquido de R$ 20 milhões foi impactada em uma base anual pelos resultados operacionais.
A empresa manteve seu índice de dívida líquida/EBITDA em um nível sólido de 0,9x (vs. 0,7x no 2T23). Por último, mas não menos importante, a empresa reiterou sua previsão de +60 aberturas de lojas em 2024.
Avaliação do Banco Safra sobre a Panvel
Como esperado, os resultados foram impactados negativamente pela enchente no Rio Grande do Sul. No entanto, a
empresa foi capaz de entregar resultados consistentes que atestam sua capacidade de melhorar a produtividade da loja ao longo dos trimestres, enquanto continua a executar seu plano de expansão bastante ousado.
Essas são as alavancas para a expansão da receita, melhoria da margem e, finalmente, crescimento do LPA. Portanto, o Safra mantém a recomendação de Compra em PNVL3 e Preço Alvo de R$ 15,4 por ação.
Desempenho sólido de receita
A empresa registrou receita bruta de R$ 1,22 bilhão, com +5% e -6% abaixo dos números do Safra, com contribuição positiva das operações de varejo (+11% ano-a-ano) e impressão negativa da venda por atacado (-60%), devido ao impacto da inundação no centro de distribuição da empresa.
No segmento varejista, as Vendas de Mesmas Lojas aumentaram 8%, além da abertura líquida de 27 lojas nos últimos 12 meses.
A PNVL também melhorou a produtividade da loja, alcançando uma receita mensal média por loja de R$ 629 mil, ante R$ 589 mil no 2T23. Esta melhoria reflete principalmente:
(i) os resultados dos esforços de vendas digitais da empresa (19% do total); e
(ii) melhor mix de produtos. Em termos de mix, os destaques foram: genéricos, +14% a/a; marca, +13% a/a; e beleza e cuidados pessoais, +13% a/a.
Maior participação das vendas de varejo em números consolidados leva à estabilidade da margem bruta no ano. A margem bruta foi de 29,7% no 2T24, com +24bps em relação ao ano anterior e +77bps acima do Safra.
A margem bruta do varejo caiu 90 pb no ano devido aos menores aumentos de preços da CMED, maiores custos de compra dos fornecedores e descontos nas vendas, mas, em uma base consolidada, a margem subiu por conta de uma maior participação das vendas varejistas no mix.
O EBITDA ajustado ficou em R$ 49 milhões, abaixo de 15% (-5% vs. nossa estimativa), com uma queda na margem do EBITDA de 95bps no ano (em linha com o projetado pelo Safra) como resultado da menor alavancagem operacional devido ao desempenho das vendas.
O lucro líquido ajustado atingiu R$ 20 milhões no trimestre, em comparação com R$ 25 milhões no 2T23, pressionados pelos resultados operacionais mais baixos.
Alavancagem t/t quase estável, apesar das pressões operacionais. Apesar da queda do EBITDA, a menor necessidade de capital circulante levou a uma geração operacional de caixa de R$ 42 milhões, quase estável no ano.
Além disso, a empresa investiu R$ 29 milhões e distribuiu R$ 15 milhões em juros sobre patrimônio líquido, levando a um fluxo de caixa livre próximo do ponto de equilíbrio. Por último, mas não menos importante, o balanço da PNVL permanece sólido, com uma relação dívida líquida/EBITDA de 0,9X (vs. 0,7x no 2T23).
