A Panvel registrou outro trimestre positivo, com um sólido crescimento de vendas (+16% em relação ao ano anterior e em linha com o Safra) e uma melhora no EBITDA devido à diluição das despesas gerais, administrativas e com vendas.
O EBITDA ajustado aumentou 21% em relação ao ano anterior (+4% em relação ao Safra), com um aumento de margem de 18bps em relação ao ano anterior.
A empresa aumentou sua participação de mercado na Região Sul em 60 bps em relação ao ano anterior, para 12,3%, como resultado da expansão de sua presença e do crescimento das vendas de mesmas lojas.
O lucro líquido cresceu 27% em relação ao ano anterior, atingindo R$27 milhões. Por último, mas não menos importante, a empresa manteve sua relação dívida líquida-EBITDA em um nível sólido de 0,9x (vs. 0,8x no 1T23).
Opinião do Safra sobre os resultados da Panvel
Consideramos os resultados positivos. A empresa continua atestando sua capacidade de melhorar a produtividade das lojas ao longo dos trimestres, enquanto continua a executar seu plano de expansão bastante ousado.
Essas são as alavancas para a expansão da receita, a melhoria da margem e, em última análise, o crescimento do LPA. Portanto, mantemos nossa recomendação de Compra para PNVL3 e Preço Alvo de R$15,5/ação.
Sólido desempenho da receita. A empresa registrou uma receita bruta ajustada de R$1,3 bilhão, um aumento de 16% em relação ao ano anterior, em linha com nossa estimativa, e um aumento de 12% nas vendas de mesmas lojas, além da abertura líquida de 41 lojas nos últimos 12 meses.
A PNVL também melhorou a produtividade das lojas, atingindo uma receita média mensal por loja de R$645 mil em relação a R$596 mil no 1T23. Essa melhora reflete principalmente:
- (i) os benefícios dos esforços de vendas digitais da empresa (19,3% do total); e
- (ii) melhor mix de produtos. Em termos de mix, os destaques foram: serviços, +25% em relação ao ano anterior; marca, +18% em relação ao ano anterior; e genéricos, +17% em relação ao ano anterior.
Ganhos de eficiência mais do que compensaram a pressão sobre a margem bruta
A margem bruta foi de 27,9% no 1T24, uma queda de 48 bps em relação ao ano anterior e 27 bps abaixo do Safra, devido ao pior mix de vendas (maior penetração de medicamentos de marca e vendas digitais no mix). o ebitda ajustado foi de R$60 milhões, um aumento de 21% ano a ano (+4% vs. nossa estimativa), com um aumento da margem ebitda de 18 bps ano a ano (+15 bps vs. Safra) como resultado da diluição das despesas de SG&A.
O lucro líquido ajustado atingiu R$27 milhões no trimestre, 27% superior ao 1T23 (+14% vs. Safra), refletindo o melhor desempenho operacional, combinado com uma gestão eficiente de caixa e passivos, que reduziu a pressão das despesas financeiras. Alavancagem praticamente estável.
Apesar da melhora do EBITDA, a maior necessidade de capital de giro levou a uma queima de caixa operacional de R$34 milhões. Além disso, a empresa investiu R$24 milhões e distribuiu R$10,6 milhões em juros sobre capital próprio, levando a um fluxo de caixa livre de -R$69 milhões (vs. -R$83 milhões no 1T23).
Por último, mas não menos importante, o balanço patrimonial da PNVL permanece sólido, com uma relação dívida líquida/EBITDA de 0,9X (vs. 0,8x no 1T23).
Vale ressaltar que as receitas da empresa foram afetadas positivamente em R$39 milhões devido à venda de um terreno. Portanto, todos os números desta nota foram ajustados para excluir esse evento pontual.