Os resultados da Raízen no segundo trimestre de 2024 foram impactados negativamente pela construção de estoque de açúcar e etanol e um ambiente competitivo mais difícil na distribuição de combustível.
No lado positivo, os preços do açúcar acima dos valores atuais de mercado e uma evolução positiva dos preços do etanol poderiam trabalhar a favor da estratégia da empresa.
Além disso, o Safra vê sinais encorajadores do custo da produção agroindustrial, que subiu apenas 1% em relação ao ano anterior, já que os ganhos de eficiência compensaram a maior parte do impacto da inflação.
A combinação de preços mais altos e custos mais baixos deve beneficiar os resultados nos próximos trimestres.
Além disso, a normalização dos estoques de diesel e o fim das vantagens fiscais nas importações devem ser positivos para a margem de distribuição de combustível no 2T25.
O EBITDA ajustado de R$ 2.314 milhões no primeiro trimestre de 2025 foi menor em 37% e superou a estimativa do banco Safra em 11%, principalmente devido à perda nos resultados da divisão Mobility.
Por outro lado, os números de etanol mais fortes do que o esperado compensaram o desempenho mais fraco do que o esperado no setor de açúcar.
Raízen registra prejuízo de R$ 7 milhões no trimestre
Prejuízo líquido de R$ 7 milhões (vs. estimativa do Safra de -R$ 244 milhões), que se compara a um prejuízo de R$ 178 milhões no trimestre passado, já que os resultados operacionais mais fracos foram mais do que compensados pela redução das despesas financeiras líquidas e depreciação, bem como a contabilização de créditos fiscais não recorrentes.
No final do primeiro trimestre de 2024, os estoques de açúcar e etanol foram avaliados em R$ 5,8 bilhões vs. R$ 2,6 bilhões no trimestre anterior, contribuindo para a queda de R$ 10,2 bilhões no período, elevando a alavancagem de 1,3 para 2,3x.