A Rede D’Or apresentou sólidos números operacionais consolidados, superando as estimativas e do mercado. EBITDA bateu as estimativas do banco Safra e do consenso em 6% e lucro por ação em 22%.
Na divisão de Hospitais e Oncologia, a maior taxa de ocupação e os leitos operacionais levaram a uma surpresa positiva com melhores dias de pacientes, enquanto a SulAmérica registrou uma margem de EBITDA ajustada melhor do que o esperado, impulsionada por outra melhoria significativa da sinistralidade.
No geral, o Safra vê os lucros da RDOR ganhando impulso, com um sólido crescimento de receita e margens sustentáveis mais saudáveis.
O Safra tem uma recomendação de Compra para RDOR3, pois vemos uma ação de alta qualidade e líquida ganhar impulso nos lucros, enquanto seu posicionamento competitivo se destaca no ainda desafiador ambiente de mercado para a saúde no Brasil.
Taxa de ocupação sólida nos hospitais, enquanto as adições líquidas de Sula perderam um pouco.
Receita líquida consolidada foi de R$ 12.599 milhões, +8% no ano, 1% abaixo da estimativa do Safra e 5% abaixo do consenso.
Na divisão de Hospitais e Oncologia, os leitos atingiram 9.891 (+3% a/a), com uma taxa de ocupação recorde de 84,4% (+115bps a/a), levando a um aumento de 5% nos dias do paciente em relação ao ano anterior.
Ticket médio diário de R$ 9.367 (+4% a/a e -2% t/t), gerando receita líquida de R$ 6.998 milhões (+9% a/a, +6% t/t e em linha com a estimativa do Safra).
Segundo o Safra, aparentemente a complexidade dos procedimentos diminuiu tanto t/t quanto a/a, julgando pelo número de cirurgias, o que poderia ter impedido um crescimento mais rápido do ticket.
O segmento de Oncologia registrou um crescimento de 6% no número de infusões e uma média de 13% superior ao ano anterior (ambas as métricas foram 3% acima da expectativa do Safra).
A receita líquida da SulAmérica atingiu R$ 7,360 bilhões (+11% a/a), impulsionada por adições líquidas de 38 mil participantes do plano de saúde (30% abaixo da estimativa do Safra) e aumento da fatura média (+16% a/a). Sólida expansão da margem tanto nas divisões de Hospitais como de Seguros.
O EBITDA ajustado consolidado atingiu R$ 2.070 milhões (+28% a/a, +4% t/t e 6% acima de Safra). A margem bruta da divisão de Hospitais atingiu 25,5%, +161bps a/a, +156bps t/te 12bps abaixo da estimativa do Safra.
Os custos de materiais e medicamentos ficaram bastante em linha com 21,7% das receitas líquidas (1275bps melhor que no ano anterior), com os custos de pessoal também melhorando 26bps no ano.
A sinistralidade da SulAmérica ficou em -84,3% (290bps melhor a/a, 100bps pior t/t e 120bps melhor que a estimativa do safra), uma surpresa bem-vinda, indicando que a tendência da sinistralidade permanece bastante positiva.
Os aumentos de preços implementados desde o ano passado e os esforços para conter a má utilização parecem ter dado frutos, já que a redução da sinistralidade levou a uma expansão sólida da margem.
Como resultado, o EBITDA da Saúde atingiu R$237 milhões (reversão de -R$7 milhões no 2T23) e o EBITDA ajustado da divisão Hospitais totalizou R$1.833 milhões (+14% a/a e em linha com as estimativas do Safra).
Além disso, os resultados financeiros líquidos de R$ 369 milhões (-27% a/a) também contribuíram para o resultado de R$ 977 milhões (+139% a/a e +22% acima das estimativas do Safra).