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Rede D’Or tem resultados abaixo do esperado na divisão de hospitais

Rede D’Or reporta números operacionais mais fracos do que o esperado, ficando abaixo das estimativas do Safra e do consenso


O EBITDA ajustado da Rede D’Or (RDOR3) consolidado ficou 1% abaixo da estimativa do Banco Safra e 7% abaixo do consenso do mercado. A Rede D’Or reportou números operacionais mais fracos do que o esperado, ficando abaixo das estimativas do Safra e do consenso.

A SulAmérica reportou (novamente) uma margem EBITDA ajustada melhor do que o esperado, impulsionada por outra melhoria significativa na sinistralidade, enquanto nas divisões de Hospitais e Oncologia, o número de leitos operacionais e a taxa de ocupação abaixo do esperado, juntamente com custos de pessoal mais altos, levaram a um EBITDA abaixo do esperado.

O Banco Safra acredita que o EBITDA abaixo do esperado nas divisões de Hospitais e Oncologia pode estar relacionado a uma eficiência operacional temporariamente menor nos hospitais recém-abertos. O banco acredita que os investidores estarão atentos à perspectiva de lucratividade daqui para frente.

O Safra tem uma classificação Neutra para RDOR3, pois, embora goste do potencial de longo prazo da ação, a perspectiva de curto prazo parece mais desafiadora, considerando o cenário macroeconômico e a agenda regulatória.

A Rede D’Or apresenta abertura modesta de leitos operacionais na divisão de Hospitais, enquanto as adições líquidas da Sula ficaram acima da estimativa do Banco Safra.

As receitas líquidas consolidadas totalizaram R$13.058 milhões, +9% a/a, em linha com as estimativas do Safra e do consenso. Nas divisões de Hospitais e Oncologia, os leitos operacionais chegaram a 9.857 (+3% a/a ou uma adição de 259 leitos operacionais no ano), o que está abaixo das estimativas do Safra e do mercado de ~400 novos leitos operacionais no ano completo de 2024.

Além disso, a taxa de ocupação foi de 75,8% (-57bps a/a), levando a um aumento de 2% a/a nos dias de paciente. Apesar disso, a conta diária média foi de R$10.281 (+10% a/a e +1% t/t), levando a receitas líquidas de R$7.037 milhões (+3% a/a, -2% t/t e 3% acima da estimativa do Safra).

Os analistas do Safra acreditam que a complexidade dos procedimentos permaneceu relativamente estável a/a, pois o número de cirurgias (+2,4% a/a) aumentou em linha com os dias de paciente. O segmento de Oncologia registrou um crescimento de 5% a/a no número de infusões e um ticket médio 11% maior a/a (essas métricas ficaram 3% acima e 1% abaixo da expectativa do Safra, respectivamente).

As receitas líquidas da SulAmérica alcançaram R$7.861 milhões (+13% a/a), impulsionadas por um aumento de 9,6% a/a no ticket médio (em linha com a estimativa do Safra) e sólidas adições líquidas de +53 mil membros de planos de saúde (vs. estimativa do Safra de +16 mil).

Forte expansão de margem na Sula fica em linha com estimativa do Safra, enquanto a divisão de Hospitais ficou abaixo da previsão.

O EBITDA ajustado consolidado alcançou R$ 2.052 milhões (+38% a/a, -6% t/t e 1% abaixo da estimativa do Safra). A margem bruta na divisão de Hospitais foi de 20,5%, -313bps a/a, -356bps t/t e 273bps abaixo da estimativa do Safra.

Ficou aquém da expectativa do Safra principalmente devido ao aumento no custo de pessoal por leito operacional, que superou a estimativa do Safra em 10,4%.

O Safra avalia que isso possa estar relacionado a uma eficiência operacional temporariamente menor nos hospitais recém-abertos. Como resultado, o EBITDA ajustado da divisão de Hospitais totalizou R$1.559 milhões (+8% a/a e 3% abaixo da estimativa do Safra).

A relação sinistralidade da SulAmérica foi de -80,7% (500bps melhor a/a, 140bps melhor t/t e 30bps melhor do que a estimativa do Safra), à medida que os aumentos de preços e as iniciativas de controle de custos continuam a colocar a sinistralidade de volta nos trilhos.

Como resultado, o EBITDA de Seguros de Saúde alcançou R$464 milhões (+720% a/a e 2% acima de nós). Além disso, o resultado financeiro líquido de -R$478 milhões (+41% a/a e 36% acima da estimativa do Safra) contribuiu para o lucro líquido ajustado de R$870 milhões (+35% a/a e 16% abaixo da estimativa do Safra).

Capital de giro, glosas e alavancagem da Rede D’Or

O ciclo de conversão de caixa da Rede D’Or foi um pouco pior no trimestre, impulsionado por um aumento nos dias de estoque (+9 dias t/t), apesar das contas a pagar estáveis e da queda nos dias de contas a receber (-1 dia t/t).

No geral, o Safra não vê isso como um problema, dada a sazonalidade, a reaceleração nos leitos operacionais e também a tendência de queda no capital de giro vista desde o 4T22.

Além disso, a estabilização nas glosas é um indicador positivo de que o relacionamento com os operadores de saúde está se estabilizando. A dívida líquida alcançou R$17.807 milhões (excluindo caixa restrito) no 4T24 (DL/EBITDA de 1,9x), vs. R$16.855 milhões no 4T23 (DL/EBITDA de 2,3x) e R$17.132 milhões no 3T24 (DL/EBITDA de 1,9x).


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