A Rumo registrou um resultado excelente no segundo trimestre de 2024 na avaliação do Banco Safra, com lucro líquido ajustado de R$ 721 milhões, +331% a mais na comparação anual. O resultado superou a estimativa do Safra e do consenso em 40,2% e 26,7%, respectivamente.
O resultado considerado excepcional na frente operacional foi parcialmente compensado por uma provisão não recorrente de R$ 2,6 bilhões (não caixa) relacionada a um impairment em sua rede Sul, que foi afetada pela inundação no Rio Grande do Sul. Por outro lado, a empresa acumulou um ganho não recorrente de R$169 milhões relacionado com o desinvestimento anterior de 80% dos terminais T16 e T19 em Santos.
Desconsiderando esses efeitos, o EBITDA da Rumo cresceu 48% no ano para R$ 2,1 bilhões (superando a estimativa do Safra e do consenso em ~15%), impulsionado principalmente por um aumento de 32% no ano em suas tarifas consolidadas, custos controlados devido à maior alavancagem operacional, e uma redução nos custos variáveis da sua solução logística.
Além disso, as despesas financeiras da Rumo caíram 4,3% a/a, ajudando a impulsionar seu lucro líquido.
A empresa também atualizou seu guidance, aumentando seu EBITDA-alvo de 2024 para R$ 7,6 bilhõesR$ 7,9 bilhões, de R$ 7,2 bilhões-R$ 7,7 bilhões (vs. R$ 7,3 bilhões previstos pelo Safra), seguindo as tarifas mais altas do que o esperado.
O Safra reitera a recomendação de Compra para Rumo em função da sua performance consistentemente melhorada, o
que corrobora a sua sólida tese de investimento.
A empresa está atualmente operando com uma TIR real de 10,9%, +501bps acima dos títulos brasileiros indexados à inflação a 10 anos (NTN-Bs 2035).
