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Sanepar tem resultados abaixo das expectativas

O Safra avalia que o aumento dos custos da Sanepar pode causar uma percepção negativa dos resultados deste trimestre


O EBITDA da Sanepar foi de R$ 664mn (-2,9% a/a), 7,6% abaixo da estimativa do Banco Safra e 10,3% abaixo do consenso.

O resultado foi de R$ 376mn (-11,0% a/a), 1,3% abaixo da estimativa e 4,7% abaixo do consenso.

No geral, os resultados ficaram abaixo das expectativas devido aos custos operacionais mais elevados do trimestre, que foram parcialmente compensados por volumes de vendas ligeiramente superiores.

Avaliação do Safra sobre os resultados da Sanepar

O Safra avalia que o aumento dos custos pode causar uma percepção negativa dos resultados deste trimestre.

A receita líquida atingiu R$ 1.664mn (+8,3% a/a) e foi 0,7% acima de número projetado pelo banco, principalmente devido a volumes de vendas ligeiramente acima da estimativa do Safra (água +3,7% a/a, 1,2% acima os números do banco; e esgoto +5,3% a/a, 2,2% acima dos números do Safra).

Os custos operacionais também atingiram R$ 1.020mn (+16,9% ano-a-ano) e foram 6,7% acima da estimativa, principalmente devido a pessoal, serviços de terceiros e despesas com eletricidade.

As despesas com PMS atingiram R$ 760mn (+21,9% a/a vs. inflação de 4,2%), 7,4% acima da estimativa do Safra, impulsionadas principalmente por serviços de terceiros (+23,9% a/a, 7,8% acima de Safra) devido ao aumento dos serviços de manutenção e processamento de dados, bem como a maiores despesas com pessoal (+26,5% ano a ano, 8,5% acima de Safra), principalmente devido a ajustes nos salários e no preço dos planos de saúde, bem como despesas com compensação trabalhista.

Além disso, as despesas com eletricidade subiram 19,8% no ano para R$142mn, 2,2% acima da projeção, impactados por maiores volumes de vendas e ajustes tarifários no período.

A delinquência atingiu R$ 1,7% da receita bruta (vs. Safra estima 1,3%). O resultado final foi em grande parte alinhado com as estimativas. Os níveis de reservatório terminaram no 2T24 em 99,3% (vs. 98,5% no 1T24 vs. 92,9% no 2T23). A alavancagem aumentou para 1,7x dívida líquida/EBITDA (vs. 1,5x do último trimestre).

Avaliação do Safra sobre a Sanepar

Os resultados operacionais foram moderados, com o EBITDA mostrando uma queda de 2,9% no ano devido ao fraco desempenho dos custos, que foi parcialmente compensado pelo crescimento do volume ligeiramente acima das estimativas do Banco Safra.

A empresa registrou custos mais altos para serviços de terceiros e despesas com pessoal maiores do que o esperado, bem como custos de eletricidade mais elevados, que foram muito acima da inflação e superiores às estimativas do Safra.

O Safra acredita que os investidores provavelmente prestarão atenção aos níveis recorrentes dos custos operacionais no futuro, o que pode ser um destaque negativo se os níveis atuais se tornarem a nova linha de base.

Além disso, a empresa está atualmente discutindo a metodologia de revisão tarifária para sua base de ativos, que será aplicada na próxima revisão tarifária a ser concluída em 2025.

No futuro, devemos acompanhar as discussões relacionadas ao recebimento potencial de R$ 4 bilhões (cerca da metade do valor de mercado da Sanepar) em conexão com uma disputa judicial antiga, que poderia representar um ganho significativo para a empresa.

O Safra tem recomendação neutra na Sanepar, principalmente devido ao seu valaution relativo.


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