A Sanepar (SAPR4) anunciou a aprovação de seu 3º processo de revisão tarifária com um aumento de tarifa de 3,78%, resultante de uma Base de Ativos Regulatória Líquida (RAB) de R$21,5 bilhões (19% acima da estimativa atualizada do Safra de R$18,1 bilhões), opex regulatório de R$3,5 bilhões (12% abaixo da estimativa do Safra de R$4,0 bilhões) e WACC regulatório real de 8,08% (vs. estimativa do Safra de 7,57%).
A revisão implicou uma tarifa básica (P0) de R$6,65/m³ (3,4% acima da estimativa de R$6,43/m³). Os volumes considerados foram 1,1% abaixo da estimativa do Safra. O regulador não abordou os recebíveis de ~R$4,0 bilhões do governo federal relacionados a um pagamento judicial.
Avaliação do banco Safra sobre o resultado da Sanepar
Os resultados da revisão tarifária tiveram um resultado final positivo, na avaliação dos especialistas do Banco Safra. As receitas regulatórias totais (retorno mais opex) foram ligeiramente melhores do que o estimado, especialmente devido ao componente de remuneração mais alto (a base de ativos regulatorios – RAB e taxa mínima de investimentos – WACC estavam acima das estimativas).
O RAB final foi melhor do que a estimativa do Safra, principalmente devido a um nível mais alto de capex reconhecido no ciclo anterior (embora o regulador tenha destacado que o capex realizado durante o ciclo anterior ainda está sendo calculado).
Por outro lado, o opex regulatório foi abaixo da estimativa do Safra, pois o regulador propôs a adoção do menor custo entre os custos médios do último ciclo, o custo mediano do último ciclo e os custos totais de 2024.
Essa abordagem resultou em um opex consideravelmente menor do que o Safra havia estimado. Por fim, o regulador não abordou a possível transferência parcial dos recebíveis do governo federal para os clientes finais (uma possibilidade discutida nas notas preliminares da revisão tarifária). O Banco Safra avalia que esse tema pode ser tratado em um processo separado.
