A Simpar (SIMH3) registrou resultado ligeiramente negativo no terceiro trimestre de 2024, com o bom desempenho da Movida (MOVI3) e da JSL (JSLG3) sendo compensado pelo resultado negativo da Vamos (VAMO3), enquanto o lucro líquido da empresa ainda foi pressionado por maiores despesas financeiras, levando a um fraco lucro líquido ajustado de R$ 35 milhões, de uma perda líquida de R$128 milhões no 3T23.
O EBITDA ajustado da empresa cresceu 30,4% no ano para R$ 2,7 bilhões, mantendo-se em linha com nossa estimativa e consenso, devido ao bom desempenho de receita, enquanto a margem do EBITDA aumentou ligeiramente em 17 bps no ano para 25,4%.
A depreciação do CMV (custo da mercadoria vendida) ex da empresa cresceu 32% no ano, impulsionada principalmente por uma maior participação das receitas provenientes da venda de ativos, que tem margens mais baixas.
Esse aumento no CMV foi parcialmente compensado pelo menor crescimento nos gastos de SG&A (+21% a/a) para R$869 milhões.
Por fim, apesar da melhoria do resultado operacional da Movida e JSL, o lucro líquido da Simpar permaneceu pressionado,
chegando a R$ 35 milhões, de uma perda de R$ 128 milhões no 3T23 e um lucro líquido de R$ 62 milhões no 2T24, explicado por ainda altos gastos financeiros.
As despesas financeiras da empresa aumentaram 1,6% no ano para R$ 1,6 bilhões, impulsionadas principalmente por um aumento de 22% na dívida líquida, que atingiu R$ 38,7 bilhões no terceiro trimestre, embora tenha sido significativamente suavizada pela queda de 2,0pps no ano em seu custo médio pós-imposto de dívida para 8,4%.
Enquanto isso, a alavancagem da empresa medida pela relação dívida líquida/EBITDA, calculado para fins de cumprimento dos seus pactos, caiu para 3,7x, de 3,8x no 2T24 (vs. um teto de 4,0x).