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Simpar tem resultado operacional pressionado por ônus financeiro

Apesar do resultado operacional melhorado da Movida e Vamos, o resultado final da Simpar permaneceu pressionado por custos financeiros


A Simpar (SIMH3) reportou um resultado neutro no quarto trimestre de 2024, com os bons desempenhos da Movida (MOVI3) e Vamos (VAMO3) sendo compensados pelo resultado ligeiramente negativo da JSL (JSLG3), enquanto o resultado final da empresa ainda foi pressionado por maiores despesas financeiras, levando a um prejuízo líquido ajustado de R$15 milhões, de um prejuízo líquido ajustado de R$82 milhões no 4T23.

No front operacional, a linha superior ajustada da empresa, excluindo receitas de construção, atingiu R$10,5 bilhões (+25,0% a/a e -1,5% t/t). Esse desempenho pode ser atribuído ao aumento de 25,4% a/a nas receitas de serviços da empresa, para R$8,9 bilhões, impulsionado por:

  • (i) crescimento de 16,4% a/a na receita de serviços da JSL, para R$2,4 bilhões, principalmente impulsionado por seu crescimento orgânico;
  • (ii) crescimento de 33,7% a/a na receita de serviços da Movida, para R$1,8 bilhões, seguindo o forte desempenho de sua divisão de aluguel de frota e seu segmento RAC;
  • (iii) aumento de 40,4% a/a na receita líquida da Vamos, para R$1,2 bilhões, explicado principalmente pelo investimento de R$5,0 bilhões em capex em 2024 (R$1,0 bilhão no 4T24), embora tenha sido parcialmente compensado pela retomada de ativos de R$1,2 bilhões em 2024 (R$232 milhões no 4T24); e
  • (iv) crescimento de 18,9% a/a na receita líquida da Automob para R$3,2 bilhões, seguindo o maior volume de vendas de carros novos e usados.

Além disso, sua receita de vendas de ativos cresceu 22,8% a/a, para R$1,6 bilhões, devido aos maiores volumes de veículos vendidos pela Movida.

O EBITDA ajustado da empresa cresceu 31,8% a/a para R$2,8 bilhões, ficando 4,4% e 7,2% abaixo da estimativa do Safra e do consenso, respectivamente, devido ao bom desempenho da linha superior, enquanto sua margem EBITDA aumentou 135bps a/a, para 26,2%.

O COGS da empresa, excluindo depreciação, cresceu 26% a/a, para R$6,6 bilhões, resultado parcialmente compensado pela queda de 9% a/a nas despesas SG&A para R$971 milhões.

Finalmente, apesar do resultado operacional melhorado da Movida e Vamos, o resultado final da Simpar permaneceu pressionado, levando a um prejuízo líquido ajustado de R$15 milhões, de um prejuízo de R$82 milhões no 4T23 e um lucro líquido de R$35 milhões no 3T24, explicado por ainda altas despesas financeiras.

As despesas financeiras da empresa aumentaram 11,7% a/a para R$1,7 bilhões, principalmente impulsionadas por um aumento de 28% a/a em sua dívida líquida, que atingiu R$40,7 bilhões no 4T24, embora tenha sido suavizado pela queda de 1,0pp a/a no custo médio da dívida após impostos para 9,0%.

Enquanto isso, a alavancagem da empresa medida pela relação dívida líquida/EBITDA, calculada para fins de conformidade com seus covenants, caiu para 3,6x, de 3,7x no 3T24 (vs. um teto de 4,0x).


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